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A peça teatral é uma das atrações programadas no Lançamento de Livro “A Vida Se Conta”, de Euler Ribeiro que acontecerá neste sábado (13).

Academia Amazonense de Letras abriu as portas do salão nobre do Pensamento Amazônico Álvaro Maia para o ensaio teatral do espetáculo “Estórias que meu pai contou”, um enredo repleto de exaltação as tradições, a música, a dança e a religiosidade do povo ribeirinho amazonense.

A peça é apresentada pelo Grupo de Teatro Renascer Izael Tavares, da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI), com direção da professora e coordenadora Lilian Machado, que destaca o espetáculo como uma mostra cultural a relação do ribeirinho com os rios e florestas, interpretados por pessoas idosas, com músicas e muito humor.

O grupo de Teatro Renascer Izael Tavares desenvolve espetáculos com temas voltados para a importância de um envelhecimento saudável, com qualidade de vida e respeito. O grupo é composto, em média, por 30 artistas, sendo a maioria, pessoas com mais de 60 anos de idade. Já realizaram apresentações em outros estados e municípios do Amazonas, além de palcos como o Teatro Amazonas, Manauara Shopping e outros.

Outra atração que promete marcar a cerimônia de Lançamento de Livro será o Coral da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI). O musical tem a regência da maestrina e musicista Claudine Cris que executará músicas clássicas da MPB como Roupa Nova, entre outras composições nacionais.

A obra Literária “A Vida Se Conta”, visa despertar nos olhos do leitor a beleza e complexidade da vida que o cerca, desfrutando inesquecíveis histórias e reflexões. Uma coletânea de artigos publicados pelo Dr. Euler Ribeiro com informações acerca da possibilidade de qualidade de vida na idade tardia. Com dicas simples para o cotidiano, o autor propõe um envelhecimento saudável baseado em sua vasta experiência na área da Gerontologia.

O lançamento da obra literária será neste sábado (13) às 09h no Salão do Pensamento Amazônico Alvaro Maia da Academia Amazonense de Letras, localizada na rua Ramos Ferreira Nº1009 – Centro.

A entrada é gratuita.

*Com informações da ASCOM-AAL
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Contatos: (92) 99219.6767 / (92) 98835.9047 – Leidy Amaral

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Este mês o município fará 150 anos de história.

Gravado na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras, o programa Literatura em Foco, apresentado por Abrahim Baze, entrevistou nesta edição Francisco Gomes, grande historiador, natural do município de Itacoatiara.

Personalidade de sua terra natal, Francisco Gomes começou a escrever aos 16 anos e aos 19 lançou seu primeiro livro (1965), sob os auspícios do historiador e amazonólogo. Atualmente é Promotor de Justiça aposentado, advogado, escritor e membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras.

Em sua entrevista, o escritor destacou grandes acontecimentos que marcaram a história e contribuição do desenvolvimento no município nas áreas da cultura, economia e política da região, como os nordestinos que migraram para a Amazônia no fim do Século XIX e início do Século XX, atraídos pelo ciclo da borracha, que também ajudaram na formação cultural do município.

A entrevista contou também com a apresentação da obra literária “Presidentes e presidenciáveis da República em Itacoatiara”, lançado em 2021 que em detalhes minuciosos, o escritor relata em sua obra a passagem pela cidade de oito ex-presidentes e de cinco presidenciáveis, os quais, pelos mais variados motivos e circunstâncias, acharam por bem aportar na Velha Serpa.

Com imagens de Nelio Costa e produção de Juliana Neves, você confere a entrevista completa no Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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O ativista e poeta, Ailton Krenak, diz representar a pluralidade indígena.

O ambientalista, filósofo e poeta Ailton Krenak tomou posse nessa sexta-feira, 5/4, na Academia Brasileira de Letras (ABL), em cerimônia realizada na sede da organização no Rio de Janeiro (RJ).

Ele herdou a Cadeira 5, que pertencia antes ao historiador José Murilo de Carvalho, morto em agosto de 2023. A posse de Krenak mostra a pluralidade indígena que ele representa.

Ailton Alves Lacerda Krenak nasceu em Itabirinha, Minas Gerais, em 1953, na região do vale do Rio Doce. Aos 17 anos, mudou-se com a família para o Paraná, onde trabalhou como produtor gráfico e jornalista.

A trajetória dele é marcada pelo ativismo socioambiental e de defesa dos direitos dos povos indígenas. Participou da fundação da Aliança dos Povos da Floresta e da União das Nações Indígenas (UNI).

O Presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), Dr. Aristóteles Alencar, e o filósofo Max Rodrigues, lançaram seus olhares sobre a posse histórica no país.

Na condição de presidente da Academia Amazonense de Letras (AAL), o médico Aristóteles Alencar parabenizou a maior beneficiada pela entrada do acadêmico Ailton Krenak, a Academia Brasileira de Letras, que conta, a partir de agora, no seu quadro de acadêmicos imortais, o líder indígena, filósofo, jornalista, escritor, poeta, Ailton Krenak.

“É uma demonstração de que a sociedade está mudando, passando a valorizar as suas origens. Ailton tem um trabalho de liderança muito importante, desde o início, na época da Constituição, em 1988, com aquele depoimento importantíssimo que deixou marcas profundas, em defesa da população indígena”, disse o presidente da AAL.

“Gostaríamos, mais uma vez, de parabenizar a ABL por contar, dentro do seu quadro acadêmico, um novo imortal que, com certeza, a partir de agora, mudará muito o ponto de vista da inserção de profissionais, de poetas, de jornalistas, do quilate de Ailton Krenak”, finalizou Aristóteles.

Mudança radical na ABL

Para o filósofo Max Rodrigues, a posse inédita de Krenak na ABL mostra que a academia está tendo, nos últimos anos, a presença de figuras não ortodoxas ligadas à literatura clássica, aos grandes estudos ocidentais, como Fernanda Montenegro e Gilberto Gil, por exemplo. Fundada em um conhecimento da literatura eurocêntrica, a posse do indígena representa essa pluralidade dos povos originários.

A intenção de Krenak em vincular as falas e idiomas diversos dos povos indígenas é uma mudança radical na ABL.

“Pode-se dizer que finalmente a Academia Brasileira de Letras se tornou brasileira mesmo, porque saiu das margens e da superfície da língua civilizatória imposta, que é o português com suas regras e complexidade, para respeitar a fala indígena. Diria ser uma vitória não somente dos povos originários, mas do Brasil, por fazer essa reparação histórica”, destacou o filósofo.

Para Rodrigues, a posse de Krenak é um ato político fundamental de uma instituição importante no país criada por um negro. “Entre as coisas ruins que estão acontecendo no país, esse é um reconhecimento histórico que dá orgulho aos brasileiros”, conclui.

Participaram do evento os ministros dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, e da Cultura, Margareth Menezes. E tiveram destaque nos ritos de posse, os membros da ABL Heloísa Teixeira, Arnaldo Niskier, Fernanda Montenegro e Antonio Carlos Secchin.

A comissão de entrada foi formada por Edmar Lisboa Bacha, Joaquim Falcão e Ruy Castro. A comissão de saída por Ana Maria Machado, Geraldo Carneiro e Antônio Torres.

Fonte: Portal Rio de Notícias
Fotos: Lohana Chaves/Funai

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De certa forma sua residência tem mesmo um clima galeria, com iluminação natural que dá um toque minimalista na decoração, deixando nos quadros e obras de arte serem as principais estrelas da casa.

Rosalie e Saul Benchimol. Acervo da família.

Saul Benchimol não é um colecionador de artes. Era um apaixonado pela arte produzida na Amazônia, como já dito por um amigo comum: é sim um intelectual. Colecionar obra de arte é uma prática da antiguidade. A residência do empresário Saul Benchimol, definitivamente, não é uma casa comum, ele de fato é um grande entusiasta das artes e, esse interesse está impresso em cada canto de sua residência, sala de estar, corredores, quartos, biblioteca, enfim toda a casa.

De certa forma sua residência tem mesmo um clima galeria, com iluminação natural que dá um toque minimalista na decoração, deixando nos quadros e obras de arte serem as principais estrelas da casa e que, de fato mostra extremo bom gosto. Seu hábito de colecionar tem um diferencial: artistas que produzem na Amazônia, o que naturalmente contagiou a família, Débora, sua filha que mora nos Estados Unidos, sempre que vem a Manaus, leva algo pra sua casa. 

Foi assim, fascinado pelos detalhes das obras, que Saul Benchimol ia descobrindo raridades e o que lhe chamavam atenção. Dessa forma, ele expandiu sua coleção, para a peça, até chegar ao acervo atual. São incontáveis, dezenas delas. Sua coleção tem sempre uma lógica, especialmente nossos artistas. Nessa garimpagem que fiz, selecionei dois artistas para destacar: Álvaro Páscoa e Moacir de Andrade.

Foto: Acervo Abrahim Baze

 “[…] No final dos anos 40, Álvaro Páscoa participou das primeiras reuniões e debates do Circulo de Cultura Teatral, que em 1952, integraria o Teatro Experimental do Porto (TEP), grupo que reuniu intelectuais, atores, poetas e artistas plásticos ligados à vanguarda. Nos tempos do TEP, Álvaro Pascoa manteve um contato estreito com o encenador, teórico e artista plástico Antônio Pedro (1909-1966) considerado o precursor do movimento surrealista em Portugal e com o neorrealista Augusto Gomes, que liderava uma equipe de sonografia.

Foi quase o mesmo ambiente que o aproximou de um outro amigo, o poeta Egito Gonçalves, autor de Notícias do Bloqueio e igualmente aos demais, de uma obra engajada com os temas sociais, preocupações que percorreram a obra de Pascoa por toda sua vida.

Álvaro Pascoa, também foi frequentador do Cineclube de Porto, entidade comumente censurada pela polícia política. No TEP, no Cineclube e também no ambiente do seu café suíço, ele exercia de modo cauteloso e discreto sua militância político-ideológica, como era a pratica de difusão de ideias adotadas naquela época. A atuação e a arregimentação na esquerda eram feitas em pequenas células, de modo que não despertassem qualquer desconfiança. Pascoa, como muitos, não se filiou oficialmente. Não o fez por temos, pois se assim o fosse não participaria da ação de convencimento, das tertúlias intelectuais e se quer poria as mãos nos boletins do MUD, motivo suficiente para ser mandado ao campo de concentração do Tarrafal. Sua posição ideológica o impedia de se filiar e, de se vincular a organizações politico partidárias, quaisquer que fosse coisa que defendeu sempre. Acreditava nas ações individuais ou coletivas, mas, do que nas instituições formais, o que evidencia se caráter anarco-comunista convicto.

Ao que parece Álvaro Páscoa já divulgava suas ideias desde os tempos da Escola Comercial Raul Dória.

Foi lá que ele conheceu, dentre outros um jovem de dezesseis anos que viria a se tornar poeta. José Bento (1932), unanimente considerado hoje um dos maiores se não o maior tradutor da poesia e literatura espanhola, afirma que sua infância mais forte nos anos formadores da sociedade foi Álvaro Páscoa, destacando-o de um já suficiente rico ambiente de intelectuais e artistas no Porto.

“[…] Álvaro Páscoa chegou em Manaus em setembro de 1958 e logo em seguida integrou-se aos movimentos culturais existentes, em especial, o Clube de Madrugada. Como já conhecia as tendências da vanguarda europeia, influenciado sobretudo pelo neorrealismo e pelo expressionismo, o caráter social de uma produção artística tornou-se ainda mais acentuado no Amazonas, a partir dos costumes da população do trabalho dos caboclos e de suas feições características.

A Manaus dos anos 50 e 60 passava por dificuldades econômicas e estruturais. No período que compreendeu uma parte dos anos 10 até o final da II Guerra Mundial, a apatia, a pobreza e a depressão estavam presentes, atingindo todos os setores sociais da cidade. Durante esta etapa, houve em Manaus uma redução populacional, as noticias chegavam com atraso e a cidade sofria com problemas de infraestrutura. Até meados da tecada de 60 a iluminação publica era escassa e irregular, para citar apenas um dos problemas. O processo de degradação e o abandono que a cidade sofreu após o fim do ciclo gomífero salientaram a debilidade nos serviços urbanos, outrora eficientes e, o descaso com patrimônio histórico. “A obra de Álvaro Pascoa”.60

Foto: Acervo Abrahim Baze

Moacir Couto de Andrade 

Moacir Couto de Andrade nasceu em Manaus, Estado do Amazonas, em 17 de março de 1927, na Santa Casa de Misericórdia, Rua 10 de julho, no quarto n° 9. Com poucos dias de nascido, seus pais Severino Gaudino de Andrade e Jovina Couto de Andrade, viajaram para o interior do Amazonas, onde viveu sua primeira infância. Isso aconteceu no município de Manacapuru, no sítio denominado de Nova Esperança, de propriedade de sua tia Josefa Couto da Silva, mas conhecida como Zefinha, professora muito querida naquele beiradão do Rio Solimões. Em 1934, Severino viajou para Manaus em busca de melhor educação para seus dois filhos, Mozart e Moacir. As primeiras letras, os meninos aprenderam com sua mãe Jovina, que era professora naquele lugar.

Depois de se estabelecerem em Manaus, na Rua Joaquim Nabuco, próximo à Rua Barão de São Domingos, fizeram residência na Rua dos Andradas, mudando-se depois para a Rua Ramos Ferreira e finalmente para a Rua Dr. Machado, no Bairro do Alto Nazaré.

60 PÁSCOA, Luciane Viana Barros, Álvaro Páscoa: o golpe fundo. Manaus: Edua, 2012. 61 Informações cedidas pela família.

Foto: Acervo Abrahim Baze

No período elementar, estudou no Grupo Escolar Ribeiro da Cunha, cujo, prédio ainda existe na Rua Silva Ramos. Terminando o curso primário, ingressou no Ginásio Amazonense Pedro II em 1939. Com a noticia da abertura do Liceu Industrial anunciando o ensino profissionalizante em Manaus, cuja, inauguração oficial de sua nova instalação ocorreu no da 10 de novembro de 1941. Dia do Estado Novo, instituído pelo então presidente Getúlio Vargas, seus pais resolveram, de comum acordo, juntamente com os padrinhos, Temísteocles Pinheiro Gadelha e Clotilde Pinheiro interná-lo nesse novo estabelecimento de ensino secundário profissional, já que o jovem tinha como aptidão o desenho e despertava os primeiros rabiscos de sua pintura, que naturalmente chamava atenção das pessoas na época.

No dia 2 de fevereiro de 1942, Moacir Couto de Andrade ingressava como aluno no Liceu Industrial de Manaus no curso de marcenaria, dirigido pelo professor José Barbosa e pelos mestres Horácio e Ataíde. Como aluno interno, permaneceu até os fins de 1945, quando concluiu o curso Industrial, o equivalente ao curso ginasial.

Foto: Acervo Abrahim Baze

Foi no ano de 1946, que deu início a sua vida profissional como auxiliar de escritório da firma CIEX, de propriedade do empresário Isaac Benzecry, cuja, amizade dos dois foi profícua. Foi somente no ano de 1948, que ingressou como desenhista de construção civil na empresa Mário Novelli, que na época, construiu o Sanatório Adriano Jorge, mais tarde, Hospital Adriano Jorge e hoje Hospital Geral de Manaus, tendo trabalhando ao lado do engenheiro José Florêncio da Cunha.

Moacir Couto de Andrade promoveu salão de artes plásticas em vários países da Europa como também no Brasil, foi um apaixonado pela Amazônia, seus costumes, sus crenças, seu folclore, suas lendas e tudo mais que se relacionasse com a Amazônia. 

Foi um escritor festejado. Membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras. Seu ateliê recebeu várias personalidades, dentre eles: Rei Charles da Inglaterra, Príncipe Ankiito do Japão, Jorge Amado, Gilberto Freire e outros tantos nomes importantes de sua geração.

Foto: Acervo Abrahim Baze

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A obra intitulada ‘CARTAPÁCIO LIVRO DAS ITAQUATIARAS, HISTÓRIA, CRÔNICAS E LEMBRANÇAS’ é uma homenagem à sua terra natal.

O programa Literatura em Foco, apresentado por Abrahim Baze, entrevistou nesta edição o escritor e Promotor de Justiça (aposentado), Mário Benigno Mendes para falar de sua mais recente obra lançada, intitulada ‘CARTAPÁCIO LIVRO DAS ITAQUATIARAS, HISTÓRIA, CRÔNICAS E LEMBRANÇAS’.

Com o prefácio do grande historiador Francisco Gomes da Silva, a obra é uma viagem pela linha do tempo em busca da história passada e presente, propiciando conhecer lugares, pessoas, costumes e culturas.

Durante a entrevista, Mário Benigno relata que o conteúdo da obra reúne um “coquetel” de fatos, causos e reminiscências retirados do “baú da felicidade”.

A obra teve seu lançamento início deste ano, no auditório do SEBRAE do município de Itacoatiara, sua terra natal.

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Não é possível reconstruir a vida do casal José da Silva Azevedo O Patriarca e Maria Ferreira Bernardes isolando sua passagem histórica pela Rua Barão de São Domingos e o Mercado Adolpho Lisboa, em Manaus.

Mercado Adolpho Lisboa, 1910. Foto: Reprodução/Domínio público

José da Silva Azevedo, imigrante português nascido em Albergaria – a – Velha, era casado com a também imigrante portuguesa Maria Ferreira Bernardes, nascida em Coimbra. Moravam na Rua Barão de São Domingos.

[…] “Rua Barão de São Domingos – Perímetro urbano, Bairro da Calábria. Começava na Travessia do Tabelião Lessa. Terminava no litoral do Rio Negro. Ex Rua de Ramalho Júnior. Atual Rua Barão de São Domingos”. ¹

¹MONTEIRO, Mário Ypiranga. Roteiro histórico de Manaus. Volume I. Manaus: Editora Edua, 1998. Pág.: 61.

Quando meditamos na grandeza da obra humana, estruturada na honestidade e no trabalho, figura-se sempre o velho imigrante, dentre eles o português e será sempre destaque. Nomes importantes do comércio local, deixaram seus legados, outros não menos importantes no contexto da história, figuram-se no templário do heroísmo, como forte lembrança da Pátria Mãe, Portugal, de forma de vida simples e muitas vezes heroica, pois quando começamos a levantar sua vida, nos mostra quão importante contribuição deixaram. Uma espécie de “Rei Lear” da nossa história. Para a família e seus descendentes, este legado não fica só na memória, mas, estimula a falar quanto foi difícil à permanência de seus entes queridos, porém, quanto orgulho lhes dão.

José da Silva Azevedo – O Patriarca – foi um desses heróis anônimos, que com a simplicidade deixou esse legado. Como é possível o esquecimento do homem que acreditou que poderia ser feliz em Manaus? Mas então inquirir-se – ia ao sábio, que um verdureiro, nascido em Portugal em Albergaria – Velha, deixaria seu nome e sobrenome em um varão? Ele sabia que seria possível mostrar para a geração de hoje sua presença em Manaus? Sim, é possível reconstituir sua trajetória de vida que ele fez imprimir pelo selo da simplicidade de um verdadeiro do mercado Adolpho Lisboa. Foram tantas as madrugadas de trabalho até ao meio-dia e, a volta no período da tarde, pois o mercado Adolpho Lisboa tinha dois horários. E o trabalhador percebera com sabedoria que marcaria sua presença, não pela profissão de verdureiro, mas, pela força do trabalho honesto, que escolhera para sua sobrevivência.

Maria Ferreira Bernardes, sua esposa, como ele também, imigrante portuguesa, dividia a casa que era um sobrado, pois em baixo era alugado para comércio. Vale ressaltar que a residência do casal era alugada. Dona Maria não representava só a esposa, como toda mulher do lar, mantinha seus afazeres domésticos e ao mesmo tempo dava sua contribuição financeira lavando roupa para fora.

Rua Barão de São Domingos, 1920. Foto: Reprodução/Domínio público

O habitar da família, como já foi dito, era na Rua Barão São de Domingos, cujo, Rio Negro estava na porta da residência, tinha uma pedra enorme, produto da natureza, local onde várias famílias da época usavam para tal fim, lavar roupa A vontade de vencer, fibra da mulher portuguesa, acostumada ao trabalho do campo, se entremeava com a poesia da cidade natal, onde nascera, Erminde, cidade importante de homens e mulheres que também foi marcada pela geração do trabalho.

A história de vida desse casal é marcada pelo trabalho, pelo sofrimento, porém não podemos esquecer que parte da nossa história socioeconômico fora construída pelos dois.

Ele vendedor de frutas e legumes no mercado Adolpho Lisboa. Não creio que para a história nem para a família este local seja despercebido. O tradicional mercado Adolpho Lisboa é o que se pode chamar “casas de duas frentes”. O prédio apresenta duas fachadas totalmente distintas, uma voltada para o velho Rio Negro e outra para a Rua dos Barés. O conjunto é composto por quatro pavilhões.

“[…] Rua dos Barés Perímetro urbano, Bairro dos Remédios. Começava no igarapé da Bica de Monte Cristo (ou igarapé da Serraria ou Doca já nos nossos dias). Terminava na Rua da Boa Vista (atual Rua Marquês de Santa Cruz).Atualmente sua posição é esta: começa no igarapé da Bica de Monte Cristo, termina nas imediações do armazém da Manaus Harbou Limited, ao começo da Rua do Marquês de Santa Cruz. É uma das artérias mais antigas de Manaus, datando do segundo quartel do século passado e conservando a nomenclatura, sem alteração até hoje. Não encontramos nos arquivos referências à data de sua predicação. Nela foi construído o atual mercado de ferro”.²

²MONTEIRO, Mário Ypiranga. Roteiro histórico de Manaus. Volume I. Manaus: Edua, 1998. Pág.: 68.

José da Silva Azevedo (pai), Maria Ferreira Bernardes (mãe) e José da Silva Azevedo (filho) aos dez anos de idade. Foto: Reprodução/Acervo da família

É composto por um conjunto de construções, erguidas em diferentes épocas e, sua descrição formal facilitada a partir da planta baixa, que fora localizada em 1991, no Instituto Brasileiro de Patrimônio Cultural, na cidade do Rio de Janeiro.

Segundo a autor Otoni Mesquita, as obras do mercado de ferro foram iniciadas em 2 de agosto de 1882.

“[…] Em 1902, o intendente municipal João C. de Miranda Leão solicitava consertos e ampliações do mercado”.³

³MESQUITA, Otoni. Manaus: história e arquitetura (1852-1910). Manaus: Valer, 1997. Pág.: 82.

Não é possível reconstruir a vida do casal José da Silva Azevedo O Patriarca e Maria Ferreira Bernardes isolando sua passagem histórica pela Rua Barão de São Domingos e o Mercado Adolpho Lisboa.

Agir assim seria amputar parte da nossa história escrita por eles. Podemos, ao entrar no local, conduzir pelo nosso pensamento toda a trajetória dos dois, ela lavando roupa para ajudá-lo, ele trabalhando como vendedor de frutas, verduras e legumes.

Tudo isso faz parte de uma viagem que o tempo procurou nos entregar e, nós temos o dever de deixar para a perenidade por meio de relatos. Temos como verdade a sua história, talvez esquecida para alguns, mas, os dois ambientes são e serão sempre repositórios da história de vida deles, marcada pelo trabalho. Quantos portugueses lá deixaram seus nomes? Resgatar a memória dos fatos é uma forma de preservar a história, apresentá-la para as novas gerações, testemunhando a vida e as realizações das pessoas, como fazemos com a primeira geração da família Silva Azevedo, pontuando os momentos do verdureiro e da lavadeira, traduzidos em viagem ao passado, com fotos originais da época em que eles escreveram para a humanidade, suas histórias de vida.

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O livro é dedicado ao escritor Zemaria Pinto, que pertence a Academia Amazonense desde 2004.

A Academia Amazonense de Letras recebeu neste final de semana o lançamento do livro “KIGO; As quatros estações” uma produção dos membros do Clube Literário do Amazonas, Nelson Castro, Miguel de Souza, Gracinete Felinto e a poetisa Grace Cordeiro que impressionaram os leitores com uma coletânea repleta de poemas curtos de origem japonesa.

O livro foi produzido pela Alexia Editora, de São Paulo, e Metaphora, Editora de Manaus, por meio de contribuição coletiva. O lançamento ocorreu no salão nobre do Pensamento Amazônico Álvaro Maia da instituição acadêmica, com entrada gratuita.

Durante o lançamento, membros da Academia Amazonense de Letras como Sergio Cardoso, Aldísio Filgueiras, Marcos Frederico e o Presidente da instituição, Aristóteles Alencar marcaram presença e aproveitaram o momento para destacar a importância da produção literária amazonense e sua diversidade, além de ressaltar o apoio e parceria do Clube Literário do Amazonas com a Academia.

Diante do público presente como professores, alunos, convidados e amantes da literatura, os autores da obra; Nelson Castro, Miguel de Souza, Gracinete Felinto e a poetisa Grace Cordeiro promoveram uma breve apresentação dos seus poemas, além da sessão de autógrafos e um coquetel oferecido pelo CLAM aos participantes.

Segundo os autores, o livro é dedicado ao escritor Zemaria Pinto, que pertence a Academia Amazonense desde 2004 e ocupa a cadeira n° 27 de Tavares Bastos, pela sua dedicação de mais de trinta anos em prol da literatura amazonense, através de palestras e oficinas ministradas aos jovens escritores.

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Gravado na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras, o Programa Literatura em Foco apresentado por Abrahim Baze, recebeu nesta edição a Vice-Presidente do Comitê Israelita do Amazonas, Anne Benchimol.

Durante entrevista, Anne Benchimol relatou a trajetória da tradição judaica amazonense na capital, a importância e os efeitos que se estabeleceu através de centenas de famílias oriundas dos “melahs” do Marrocos e que até hoje estão presentes na região. Fundado em 18 de junho de 1929, pelos antepassados, o Comitê Israelita do Amazonas vem atuando há mais de 93 anos na capital.  

A região Amazônica tem sido beneficiada pela imigração Judaica, que ao longo desses anos vem contribuindo com desenvolvimento através dos industriais, comerciantes, profissionais liberais de todo o tipo, educadores, professores, pesquisadores, artistas, escritores, trabalhadores de diversas áreas da economia regional e nacional.

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Durante o lançamento, o público prestigiou a proclamação de alguns poemas retirados da obra.

A nova produção intitulada “Cancioneiro da Lili”, foi lançada no salão nobre do Pensamento Amazônico Álvaro Maia da Academia Amazonense de Letras e surpreendeu seus fiéis leitores presentes com uma singela coletânea de poemas que permite ao leitor o conhecimento e a intimidade de Elson e Lili.

Durante a solenidade, o autor fez uma dedicatória a Lili, sua esposa com quem comemorou Bodas de Ouro, pelos seus 50 anos de matrimonio. A obra é uma edição especial, onde coincidência ou não, Lili é citada 50 vezes em suas belas poesias, nas quais torna a rima prescindível para realçar a beleza do texto.

Diante da presença do público, amantes da literatura e acadêmicos, a Dra. Maria do Socorro de Farias Santiago recitou alguns poemas retirados do livro, entre eles a Celebração Das Águas, Um Poema De Natal, Parece Uma Prece, Conversa Sobre o Dia das Mães e Uma Canção De Amor.

O lançamento encerrou com a distribuição gratuita da obra e sessão de autógrafo.

Editada pela Academia Amazonense de Letras, a obra literária é fruto de emenda parlamentar, a partir de propositura do Ex-Deputado Serafim Corrêa com apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult.

Todos os títulos lançados pela Academia Amazonense de Letras, estarão disponíveis para consulta local no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, localizado na sede da Academia, na Rua Ramos Ferreira, 1009 Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.

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A obra reune uma coletânea de lendas que foram relatadas por familiares de alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental.

O programa Literatura em Foco apresentado por Abrahim Baze teve a honra de receber na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras, a professora e mestra Núbia Litaiff Moriz Schwamborn, para falar sobre a sua mais recente obra literária intitulada: “Lendas Amazônicas”. A obra tem parceria também com a professora da Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), Thaila Bastos da Fonseca.

Na entrevista ela destaca a obra nos temas relacionados a legitima identidade cultural dos estudantes da Escola Estadual São José, no município de Tefé-AM. Uma coletânea que reúne lendas que foram relatadas por familiares de alunos do 6º e 7º ano do ensino fundamental. A obra é também resultado de um trabalho desenvolvido no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a docência, com o objetivo de promover a valorização da cultura local e despertar o interesse para a prática da escrita.

Licenciada em Letras, pela Universidade Federal de Juiz de Fora – UFJF, a professora e mestra Núbia Litaiff Moriz Schwamborn, possui também pós-graduação em Língua Portuguesa e Linguística do Texto-Visão Atual, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ e pós-graduada em Gestão Escolar, pela Universidade do Estado do Amazonas – UEA.

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