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A atriz foi porta-bandeira da Escola de Samba Aparecida por 26 anos

Uma das mais importantes personalidades e considerada a dama do teatro amazonense foi tema durante entrevista no Programa Literatura Em Foco, apresentado por Abrahim Baze, gravado na biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de letras.

A obra intitulada “Ednelza Sahdo – A dama do Teatro, do Carnaval e da Cultura Amazonense” produzida pelo professor universitário e ator Adailson Veiga destaca a trajetória da artista e dama do teatro amazonense, atriz, cantora e diretora que se eternizou no teatro, tornando-se referência para diferentes gerações de artistas.

Para o autor, a obra visa imortalizar a memória e inspirar para que outros atores possam contribuir com a cultura amazonense com legados e obras. Dividida em 14 capítulos, a obra relata a biografia e tem como principal objetivo contribuir com o processo de resgate, registro e construção identitária do teatro e da cultura do Estado, tendo como ponto de reflexão a trajetória artística.

Em 2019, a icônica ex-porta-bandeira, apareceu na cadeira de rodas como parte da primeira ala do enredo da Mocidade Independente da Aparecida. A escola fechou o desfile do grupo especial das escolas de samba de Manaus, a atriz foi integrante da escola desde a sua fundação, sua animação e a folia da personalidade marcaram sua passagem, uma reverência respeitosa à atual porta-bandeira da escola verde e branca trazendo o pavilhão da agremiação.

Sobre o autor: Adailson Feitoza Veiga é ator, diretor e produtor de teatro, possui Mestrado em Ciências e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Pará (UFPA). É Especialista em Gestão de Pessoas pela Universidade Cândido Mendes (Ucam/RJ) e especialista em Neuropsicopedagogia pelo Centro Universitário Cidade Verde (UNICV/PR).

Possui Bacharelado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista (Unip/AM) e Licenciatura em História pelo Centro Universitário Cidade Verde (UNICV/PR). É professor universitário e gestor de pessoas.

Iniciou sua carreira no teatro em 1994, no Grupo de Pesquisas Cênicas do SESC, dirigido por Chico Cardoso. Frequentou o Curso Técnico em Artes Cênicas pelo Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (Caua), em 1995. Além do Grupo de Pesquisas Cênicas do Sesc, atuou na Cia. de Teatro A Rã Qi Ri e na Cia. de Teatro Metamorfose. Em 1996, fundou a Cia. Teatral Azuarte, onde passou a dirigir e produzir seus próprios espetáculos.

Com imagens de Pedro Gabriel, Layanna Coelho e produção de Juliana Neves, você confere a entrevista completa através do Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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O Dia Nacional do Escritor foi instituído em 1960, a Academia Amazonense de Letras tem o objetivo de promover a sociedade o conhecimento através de seus conteúdos literários no segmento social, educacional, cultural, entre outros.

O Dia Nacional do Escritor, comemorado 25 de julho, foi escolhido pelo ex-ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido para homenagear escritoras e escritores brasileiros. A escolha dessa data surgiu por meio de uma portaria, assinada em 21 de julho de 1960 e deve-se também à realização do I Festival do Escritor Brasileiro, patrocinado pela União Brasileira de Escritores (UBE).

Para celebrar o Dia do Escritor, a Academia Amazonense de Letras recebeu em sua sede a equipe de reportagem da TV Band, composta pela repórter Rúbia Cassol e o cinegrafista Márcio Pinto para uma entrevista com os Acadêmicos Abrahim Baze e Mazé Mourão, com a finalidade de apresentar a história da Academia em sua fundação e a produção de suas obras literárias através de recursos públicos oriunda de emendas parlamentares, com apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult, a instituição obteve o reconhecimento oficial sendo declarada uma instituição de Utilidade Pública pela Lei nº 1.050, de 22 de setembro de 1920.

Atualmente a Academia Amazonense de Letras é composta por 36 membros efetivos, tendo como atual Presidente, o médico cardiologista – Dr. Aristóteles Alencar, Vice-presidente – Jornalista Abrahim Baze e Dr. Robério Braga, Chefe de Edições, a eleição para compor os membros de uma nova gestão acontece de forma bienal.

Durante as gravções da entrevista o Acadêmico Abrahim Baze destacou a história da Academia, os procedimentos para se tornar membro efetivo e suas produções literárias, entre elas o livro “Portal da Amazônia – Crônicas de um Jornalista na Amazônia” lançado neste ano, a obra reúne recordações históricas e valiosas, apresentando um resgate do passado e promovendo ao leitor o conhecimento da comunicação através de uma coletânea de fatos, que permite a recriação da difusão feita em um Portal da televisão na WEB.

A Acadêmica Mazé Mourão destacou a história da sua entrada como membro efetivo na Academia e suas obras literarias como “Testei Positivo”, lançada em 2023, na qual a Acadêmica compartilha com o leitor suas dores e medos diante da doença da Covid-19, relatando seu primeiro teste positivo, sua pós alta hospitalar e as consequências e sequelas que a doença lhe deixou mesmo depois de ter superado.

Um dos destaques durante a filmagem foi a exposição dos objetos antigos como a urna de votação e o vaso de cerâmica usado nas eleições bienal, além do quadro carnavalesco do Grêmio Recreativo da Escola de Samba Vitória Régia que em 2010 homenageou a Academia Amazonense de Letras com o enredo “Cantando o Pensamento da Amazônia, a Verde e Rosa saúda os imortais”, rendendo mais um título de campeã para a escola.

Recentemente obras literárias dos acadêmicos foram lançadas na Academia, entre elas; “Amazonas: História, Mistérios e Heroísmo – Recortes Pessoais” de Júlio Antônio Lopes, / “Além dos Muros Universitários Expansão e Democratização do Ensino Superior Federal na Amazônia”, de Márcia Perales / “Nevoeiro; Primeiras Poesias de Torquato Tapajós”, organizada por Marcos Frederico Kruger Aleixo / “Portal da Amazônia – Crônicas de um Jornalista na Amazônia” de Abrahim Baze e “Reclames Médicos da Manaus Antiga”, de Aristóteles Alencar.

Outros títulos serão lançados no decorrer do ano, com entrada franca e distribuição gratuita ao público presente, a programação acadêmica é divulgada no site e nas redes sociais oficias da instituição.

A reportagem será veiculada na programação local da TV Band.

*Com informações da ASCOM-AAL
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Toda nova geração, especialmente aquela que imigra para nosso estado, e, é o caso de Luiz Antony, forja novos padrões, valores e atitudes sobre a vida e a sociedade em que se estabeleceram.

Trecho da rua Luiz Antony, no então Centro de Manaus. Em primeiro lugar, na parte central da foto, o espaço em obras é, hoje, os fundos do Colégio e Faculdade Dom Bosco. Em segundo lugar, mais adiante, vê-se a parte superior do antigo Hotel Cassina e, logo a seguir, o topo do prédio do INPS (IAPETEC). Acervo: Arquivo Público Municipal de Manaus. Foto: Reprodução/Instituto Durango Duarte.

Sonhar e acreditar. Dessas duas qualidades resultam as realizações e os afazeres do espírito humano, fatores indispensáveis para a perpetuação das aspirações enobrecedoras e a construção de possibilidades efetivas para a existência humana.

Toda nova geração, especialmente aquela que imigra para nosso estado, e, é o caso de Luiz Antony, forja novos padrões, valores e atitudes sobre a vida e a sociedade em que se estabeleceram. Esses caminhos escolhidos por ele se descortinam e na sua época foram o resultado do seu entusiasmo, da fé e da crença por dias melhores em nosso torrão e se construíram com doação e muito trabalho.

A história de um povo, de uma nação, é feita por homens e mulheres. O homem faz a história e a história faz o homem. Luiz Antony compreendeu que era possível construir e perpetuar sua história entre nós. Ele nasceu em Florença, na Itália, ainda muito jovem, em companhia de seu pai, o negociante Henrique Antony, embarcou para Manaus. Aqui cresceu e se educou ao melhor estilo da época, e muito mais tarde, tornou-se comerciante, como fora no exemplo das atividades e das amplas relações sociais de seu pai. No decorrer do tempo, viajou para o Rio de Janeiro, como destaca Agnello Bittencourt, na sua obra Dicionário Amazonense de Biografias – vultos do passado:

[…] O Brasil vivia tempos difíceis, os dois, pai e filho, se alistaram voluntariamente para Guerra do Paraguai, representando o fronte e a defesa do Brasil. O ardor da luta, assinalou a tempera de verdadeiros heróis. Chegaram ao posto de Tenente Coronel. Mas, o pai, em combate foi atingindo por um estilhaço de granada perdendo a vida”.

Fonte: BITTENCOURT, Agnello. Dicionário Amazonense de Biografias: vultos do passado. Rio de Janeiro: Editora Conquista, 1973. Pag,: 333.

Lucano Antony (1897-1946). Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Luiz Antony continuou em combate, até o final da guerra, regressando vitorioso e promovido no posto de Coronel.

Já em Manaus casou-se com a senhora Francisca Perdigão, era o início de sua vida familiar na cidade que escolhera para viver. O casal trouxe ao mundo os filhos: Coronel Antônio Guerreiro Antony, que foi destaque na vida política do nosso estado e de grande prestígio local, tornou-se no decorrer do tempo funcionário público ate aposentar-se, Coronel Hidelbrando Luiz Antony, também funcionário público ate aposentar-se, Leandro Perdigão Antony, também funcionário público até aposentar-se e João Carlos Antony Engenheiro Chefe da Prefeitura Municipal de Manaus por cerca de 45 anos. A saga da família Antony são de pessoas notáveis, que marcaram e continuam marcando sua presença em Manaus.

Seu filho João Carlos Antony natural do Amazonas tornou-se umas das figuras mais representativa da ilustre família dos Antony. Sua mãe Senhora Leocádia Antony, era amazonense filha de Antônio José Brandão, um português também ilustre, irmão do celebre Arcebispo de Braga e de Lisboa Dom Frei Caetano Brandão.

Após concluir seus estudos seguiu para Florença na Itália, onde diplomou-se em Arquitetura, logo após regressando ao Brasil para Belém do Pará, no mês de julho de 1876, nesta mesma oportunidade transitava por Belém com destino aos Estados Unidos, o Imperador Dom Pedro II, nesta oportunidade João Carlos Antony integrou-se à Comissão Receptadora dos festejos em homenagens à sua Majestade.

Lucano Antony e amigos. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

De volta à Manaus iniciou sua vida profissional ao lado do Engenheiro inglês John Moreton tendo organizado a empresa de abastecimento de água em Manaus, em cujo trabalho além da rede de distribuição de água havia também o Reservatório da Castelhana e a Casa de Máquina do Bombeamento, eram um serviço que exigia grande responsabilidade, com a chegada da república, a firma Antony & Moreton encerrou seu contrato com o governo do estado.

João Carlos Antony que na verdade assinava seu nome como J. Carlos Antony ingressara na vida política e tendo sido eleito para a Assembleia Legislativa Provincial entre o biênio de 1874 à 1875. Naquele período, nomes importantes da Polícia local estiveram ao lado dele, tais como: Dr. Luiz Carneiro da Rocha, Tenente Coronel Clementino José Pereira Guimarães e outro também de família tradicional Coronel Francisco Antônio Monteiro Tapajós.

No término de seu mandato continuou na vida pública onde fora nomeado Engenheiro Chefe da Prefeitura de Manaus, cuja função permaneceu por 45 anos. Homem simples, de hábitos simples nunca pode construir uma residência para sua família, a aposentar-se cansado e envelhecido procurou comprar uma pequena casa no Bairro do Alto Nazaré, casa esta que jamais pode concluir sua obra na qual residiu até sua morte. Seu trabalho na prefeitura lhe permitiu participar da abertura do Cemitério São João Batista, tendo planejado o traçado o novo cemitério da cidade e participou de sua inauguração.

Coronel Antonio Guerreiro Antony, casado com Raimunda de Andrade Antony. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

João Carlos Antony casou-se com professora Maria Lima de Amorim Antony, filha do negociante português Alexandre Paula de Brito Amorim que a esta altura foi o primeiro Cônsul Português, em Manaus e o introdutor da navegação estrangeira inglesa para o Amazonas.

Outro fato interessante que está ligado diretamente ao João Carlos Antony ocorreu no dia 8 de novembro de 1885, quando Comendador José Cláudio Mesquita recebeu a visita do médico Dr. João Machado de Aguiar Melo oferecendo gratuitamente seus serviços médicos, logo que o Hospital dispunha de uma enfermaria que pretendia estabelecer e receber seus doentes, este fato humanitário foi aceito imediatamente. João Carlos Antony foi autor da primeira planta do projeto da construção do primeiro hospital português no Largo da Uruguaiana.

J. Carlos Antony nasceu em Manaus a 19 de março de 1833, tendo falecido no dia 2 de novembro de 1918. A tradicional família Antony escreveu com seus descendentes importantes momentos da história do Amazonas.

Raimunda de Andrade Antony. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

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O livro retrata a biografia de um pastor que durante em vida dedicou seu tempo em prol da evangelização no âmbito social.

A obra literária apresentada por Maria Fernandes foi destaque no programa Literatura em Foco, apresentado por Abrahim Baze, gravado na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras. Intitulada “Benjamim Matias Fernandes – A Saga de um Apóstolo Pentecostal na Amazônia” O livro retrata a biografia de um pastor que durante em vida dedicou seu tempo em prol da evangelização no âmbito social.

Nesta edição, a advogada destacou durante a entrevista, a biografia e os obstáculos que o pastor enfrentou durante sua trajetória missionaria, destacando os anos de evangelização percorridos a pé ou de barco. Visitando locais onde a falta de recursos e a carência fizeram do obreiro um verdadeiro e abnegado herói, típico do interior acostumado às vicissitudes da vida ribeirinha.

Nascido no dia 30 de setembro de 1914, filho de um pernambucano e de uma alagoana que migraram para o Amazonas no início do século XX, o pastor Benjamim Matias Fernandes viu a Assembleia de Deus (a primeira no interior do Amazonas) nascer na casa de seus pais em 1925, na pequena localidade chamada Autaz Mirim. Pertenceu à primeira geração de obreiros da Assembleia de Deus no Amazonas.

O pastor foi homenageado, com o nome na Escola Municipal Benjamim Matias Fernandes, inaugurada no bairro Lago Azul. A instituição de ensino é de educação básica e funciona apenas na etapa de formação de Ensino Fundamental e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Benjamim Matias Fernandes, localizado no bairro Parque 10 de Novembro, Zona Centro-Sul.

Maria Fernandes, é filha caçula do Pastor Benjamim Fernandes, vindo de uma família humilde é formada em administração de empresa e advocacia, nascida na capital manauara, é mãe de cinco filhos e avó de sete netos.

Com imagens de Nélio Costa e produção de Joiana Costa, você confere a entrevista completa através do Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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Esta cidade já não existe mais, em nome da modernidade.

Avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Se a arquitetura é o símbolo mais visível de uma sociedade, a fisionomia urbana de Manaus reflete bem o espírito da sociedade que aqui floresceu em fins de 1800 e início de 1900. Na verdade a arquitetura de Manaus, a arquitetura mais antiga exprime uma atitude emocional e estética do apogeu de um período do látex e da burguesia enriquecida pelo processo produtivo.

A cidade que despertou a admirarão de tantos estrangeiros imigrantes ou visitantes, nas primeiras décadas de 1900, surgiu como por encantamento.

De uma aldeia dos índios Manaus, o antigo Lugar da Barra se transformara num dos mais importantes centros do mundo tropical, graças a vitalidade econômica da borracha, que lhe deu vida, riqueza e encantos, como na antiguidade o comércio intenso no Mediterrâneo e no Adriático possibilitou a Roma, Florença e Veneza papel preponderante na economia, nas artes, nas letras e na arquitetura da Velha Europa.

Tal como Veneza, por meio de seu comércio de longo alcance com povos europeus e extras europeus, Manaus veio conhecer o gosto e a experiência de países extras americanos onde sua burguesia procurava inspirações de vida e de ação. O passeio de férias à Europa era ocorrência de rotina para a família de Manaus que, por sua vez, de lá traziam ideias e sugestões transformados em valores culturais, às vezes um tanto invulgar de uma sociedade desejosa de crescer e firmar-se como força civilizadora.

Cidade de suaves colinas, Manaus desdobrava-se em vistas múltiplas para quem a cruzasse nas avenidas e ruas de um lúcido urbanismo. E não deixa de impressionar a obra urbanizadora da capital, creditada ao governo de Eduardo Gonçalves Ribeiro, a topografia da cidade, antes do governo dele, deslumbrava-se em cortes hidrográficos: era o Igarapé do Salgado, o Igarapé da Castelhana, o Igarapé da Bica, o Igarapé do Espirito Santo, Igarapé de Manaus, Igarapé da Cachoeirinha, Igarapé de São Raimundo, Igarapé dos Educandos, etc.

Eduardo Gonçalves Ribeiro aterrou os caudais em benefício de um urbanismo funcional, que lutou contra a natureza até fazer secar os pequenos cursos d’água, transformada em amplas avenidas.

[…] Avenida Eduardo Ribeiro, com sua imponência, resultado do aterro do Igarapé do Espirito Santo. Outros tantos igarapés atravessados por sólidas pontes de ferro, em disposições geométricas artisticamente apresentadas. O Teatro Amazonas erigido no topo de uma colina, como se fosse a Acrópole dos Deuses da Floresta, marca a capital no espaço e no tempo, inaugurado em 1896.

Fonte: TOCANTINS, Leandro. O rio comanda a vida: uma interpretação da Amazônia. Manaus: Valer, 2000. Pág.: 188-189.

Cidade rica, progressista e alegre, calçadas com granito e pedra de liós, trazida de Portugal, sombreadas por frondosas mangueiras e de praças e jardins bem cuidados, com belas fontes e monumentos, tinha todos os requisitos de uma cidade grande urbe moderna: água encanada e telefonias; energia elétrica, rede de esgoto e bondes elétricos deslizando em linhas de aço espalhadas por toda malha urbana e penetrando na floresta até os arredores mais distantes do Bairro de Flores. O seu porto flutuante, obra-prima da engenharia inglesa, construído a partir de 1900, o qual recebia navios de todos os calados e das mais diversas bandeiras.

O movimentar do centro comercial regurgitando de gente de todas as raças, nordestinos, ingleses, peruanos, franceses, judeus, norte-africanos, norte-americanos, alemãs, italianos, libaneses, portugueses, caboclos e índios.

Rua Ferreira Pena, 1933. Destaque para os Bungalows, projetados pelo professor Coreolano Durand. Foto: Bazar Esrpotivo/Acervo Fundação Getúlio Vargas

A Avenida Eduardo Ribeiro concentrava um número expressivo de casas comerciais. Nas proximidades do Mercado Municipal Adolpho Lisboa, Ruas Marcílio Dias, Guilherme Moreira, Quintino Bocaiúva, 7 de Setembro, Henrique Martins, Instalação, Praça XV de Novembro. Tudo o que o comércio internacional oferecia à época poderia ser encontrado nesta longínqua cidade, plantada a milhares de quilômetros dos principais centros capitalistas.

Atividades comerciais bem constituídas abrigavam, no andar inferior, o comércio e no andar superior a residência do proprietário, instalado próximo ao seu trabalho, o que ocorria normalmente das 7h às 21h da noite.

Esse espaço residencial era o que predominava em nosso centro comercial. Mas, afastadas como a Praça dos Remédios ao longo da Joaquim Nabuco, Largo de São Sebastião, Avenida 7 de Setembro, Rua Barroso, 24 de Maio, Saldanha Marinho e outras ruas circunvizinhas, dispunha-se as residências mais ricas, magníficos palacetes construídos no melhor estilo da época, assoalhos de acapu e pau amarelo, pinho-de-riga, onde o sol vazava as janelas e vitrais europeus. As salas normalmente iluminadas de belíssimos lustres europeus, paredes e tetos decorados de pinturas e telas ou de ar frescos.

Seus salões amplos exibiam luxuosíssimos móveis, porcelanas, cristais, pratarias e que permaneciam sempre abertos para receber visitas e festas de aniversários, banquetes e saraus, as diversões familiares da belle époque.

Casas de alvenaria com porões habitáveis, com fachada de painéis de azulejos europeus, com suas entradas de escadas em degraus de pedra de liós, ou madeira, sala de visita, alcova, sala de jantar, o grande corredor, ladeados de dois três quartos, cozinha em mais dependências.

[…] As famílias de menores recursos habitavam as extensas vilas de casas populares, o que ainda encontramos hoje nas ruas 24 de maio, Lauro Cavalcante e Joaquim Nabuco e as chamadas estâncias, extensas construções de meia-água divididas em pequenos quartos para aluguel. Entre os hotéis destacavam-se o Casina, na Praça Dom Pedro II e o Grande Hotel na Rua Municipal número 70, belíssimo edifício de dois andares, com quarenta e dois quartos, cujos cômodos eram decentemente mobiliados.

Fonte: LOUREIRO, Antônio José Souto. A Grande Crise. Pág.: 33 e 34. In. BAZE, Abrahim. Luso Sporting Clube: A Sociedade Portuguesa no Amazonas. Manaus: Valer, 2007.

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Conhecido por seu carisma e dedicação pastoral, o arcebispo emérito dedicou grande parte de sua vida à Igreja e à comunidade local.

A celebração foi marcada por uma missa solene na Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, presidida por Dom Luiz e concelebrada pelo Arcebispo de Manaus, Cardeal Leonardo Steiner, e pelos bispos auxiliares Dom Zenildo Lima, Dom Hudson Ribeiro auxiliado pelo Diácono Edson Ferreira.

A celebração contou também com a presença do público, agentes de pastorais e movimentos, além da presença de membros da Academia Amazonense de Letras, entre eles, o Presidente, Dr. Aristóteles Alencar e Carmem Novoa.

Durante sua homilia, o Arcebispo Emérito falou da importância de viver o lema episcopal ‘Ministrare non Ministrari’, ‘Servir e não ser Servido’, em sua missão de levar o evangelho de Jesus Cristo, ao longo de sua trajetória.

Em sua jornada, o arcebispo se destacou pelo seu compromisso com os mais necessitados e em defesa da Amazônia, estando à frente de diversas iniciativas na região. Seu trabalho em prol dos direitos humanos ganhou notoriedade e reconhecimento nacional e internacional, consolidando sua liderança não apenas religiosa, mas também no meio social e ambiental.

Dom Luiz Soares Vieira, além de possuir uma vocação sacerdotal, possui também uma estrema vocação e inspiração para escrita, o que rendeu seu ingresso como membro efetivo na Academia Amazonense de Letras em 2017, após dois anos teve sua primeira obra literária lançada intitulada “Já é Tempo de Pensar”, editada pela Academia Amazonense de Letras. Obra que constitui um uma coletânea de 214 substanciosos artigos publicados aos domingos nos jornais, o “Amazonas Em Tempo” e “A Crítica”. Em 2015 lançou a obra intitulada “Não Perder a Esperança” editada pela Arquidiocese de Manaus.

Sobre o Arcebispo: Nascido em 2 de maio de 1937, em Conchas – São Paulo, filho de Luiz Carlos Vieira e Juduthi Soares Vieira. Foi ordenado sacerdote na Igreja de São Marcos – Roma – Itália, no dia 21 de fevereiro de 1960.

Em 13 de novembro de 1991, foi nomeado bispo auxiliar de Manaus pelo Papa João Paulo II, e tornou-se o 5° arcebispo metropolitano da Igreja de Manaus, cargo que ocupou até sua renúncia em 2012. Ao longo de sua trajetória, Dom Luiz se destacou pelo seu compromisso com os mais pobres e pela defesa da Amazônia.

Na Academia Amazonense de Letras, o Arcebispo é o segundo ocupante da Cadeira n.º 36, eleito em, na sucessão de Josué Claudio de Souza, e recebido em 25 de novembro de 1997, pelo acadêmico Max Carphentier Luiz da Costa. Trata-se de Cadeira instituída em 1968, fundada por Josué de Souza.

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Imagens cedidas por Flávia Horta – Arquidiocese de Manaus

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Entre as personalidades está Violeta Branca, o poetismo de vanguarda, que promoveu o papel da mulher na produção literária no cenário amazonense.

O programa Literatura em Foco, apresentado por Abrahim Baze, recebeu na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras, o professor e escritor José Benedito dos Santos, autor da obra “Emergência da escrita de mulheres na literatura amazonense contemporânea (2007-2018)”.

Nesta edição, o autor destacou durante a entrevista, os principais feitos da literatura no Amazonas, através das personalidades femininas que marcaram a cultura literária com grandes feitos, em um legado riquíssimo, entre elas, Albertina Costa Rego de Albuquerque, Silva Aranha Ribeiro e  Violeta Branca, que promoveu um papel da mulher na produção literária no cenário amazonense, em um tempo em que a presença da mulher na literatura amazonense era marcada pela ausência, Violeta Branca ajudou a superar preconceitos e abrir caminho para inserção de uma dicção poética feminina, além ser considerada a precursora da poesia feminina na década de 30 e a primeira mulher a ingressar na Academia Amazonense de Letras, em 1937.

Em sua obra intitulada “Emergência da escrita de mulheres na Literatura Amazonense contemporânea (2007-2018)”, o autor concebe um espaço crítico-literário para mulheres escritoras, com o intuito não apenas de trabalhar a fortuna crítica das autoras estudadas neste livro, mas para desconstruir a ideia de que mulheres escritoras não têm o direito de criarem e falarem sobre as suas próprias histórias.

Uma das principais reflexões do autor nesta obra é que a literatura produzida por mulheres, e a representação das personagens femininas na diegese, se configura como um meio de romper com estereótipos atribuídos à imagem da mulher e do ser feminino ficcional na sociedade e na literatura.

Sobre o autor: José Benedito dos Santos, possui graduação em Letras – Língua Portuguesa pela Universidade Federal do Amazonas (2005), mestrado em LETRAS pela Universidade Federal do Amazonas (2013) e doutorado em Literatura pela Universidade de Brasília (2022). Atualmente é professor de Língua Portuguesa da Secretaria de Educação do Estado do Amazonas. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Letras, atuando principalmente nos seguintes temas: Mia Couto, literatura africana de língua portuguesa, literatura brasileira, literatura afro-brasileira, literatura amazonense.

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Para o autor, a obra tem a intenção de despertar nos jovens, sobretudo, a atenção sobre os momentos marcantes da história de grandes personalidades do Amazonas, através dos relatos de lendas, mistérios, heroísmo e eventos formadores de identidade.

O lançamento da obra literária aconteceu no salão do Pensamento Amazônico Álvaro Maia da Academia Amazonense de Letras mediante a presença de público presente, amantes da literatura local, professores, alunos, escritores, jornalistas, membros efetivos da Academia Amazonense de Letras e autoridades.

Os membros efetivos da Academia Amazonense de Letras e de instituições literárias e históricas prestigiaram o lançamento da décima primeira obra do acadêmico Antônio Júlio Lopes, entre eles, Elson Farias, Marcos Frederico Kruger, Sergio Cardoso, Euler Ribeiro, Aristóteles Alencar (Presidente da Academia) e Abrahim Baze (Vice-presidente), Carmem Novoa e também membros do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas, (IGHA)- Bruno Miranda, Osíris Silva, Aguinaldo Figueiredo e Geraldo dos Anjos Xavier, Presidente da ALACA, Romulo Sena e da Casa do Escritor Julio Antonio Lopes, Professor, membro da Academia de Literatura, Arte e Cultura da Amazônia (ALACA), Cleomir Santos.

A cerimônia iniciou com a  composição da mesa presidencial, formada na presença do Presidente da Academia Amazonense de Letras – Dr. Aristóteles Alencar, Vice-Presidente da Academia Amazonense de Letras – Abrahim Baze, Acadêmico e autor da obra – Júlio Antônio Lopes e autoridades como o Desembargador Yedo Simões de Oliveira, Desembargador Elci Simões de Oliveira – representando o Egrégio Tribunal de Justiça do Amazonas e o Chefe do Departamento de Literatura – Antônio Auzier, representando o Secretário de Estado de Cultura e Economia Criativa; Marcos Apolo Muniz.

Outras autoridades também prestigiaram o lançamento; Reitor da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) – Evandro Brandão Barbosa, Diretora do Centro Educacional Sandra Cavalcante, Ziza Martins, Presidente da associação de escritoras e jornalistas do Brasil (AJEB-AM)- Silvia Grijó e a Presidente da Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ-AM) – Lúcia Viana, Presidente da Academia Amazonense Maçônica de Letras, Jurimar Colares Ipiranga; Professor João da Mata, Membro da Academia de Literatura, Arte e Cultura (ALACA), Diretor da Escola Superior da Advocacia (ESA/OAB-AM) Carlos Alberto e o Advogado e Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) Jean Cleuter, Desembargadora Federal do Trabalho – Francisca Rita Alencar, além das alunas da Escola Letícia Dantas, da Zona Norte de Manaus.

Durante a cerimônia, o autor fez um breve relato sobre os heróis passados e contemporâneos. Pessoas que influenciaram o destino do Amazonas com ações que impactam positivamente até os dias atuais, ressaltando que obra literária aborda vários temas em linguagem jornalística, relatando a Amazônia com suas ilustres personalidades do passado, como Ajuricaba, Eduardo Ribeiro, Tenreiro Aranha entre outros. Segundo o autor, os contextos são pequenos artigos, de fácil leitura e compreensão, em linguagem quase coloquial. A obra é uma reprodução com pequenas adaptações, dos textos escritos no jornal A Crítica, de Manaus há 35 anos.

Após a apresentação da obra, o público pode prestigiar uma singela apresentação musical pelo membro efetivo da Academia Amazonense de Música, Maestro e Regente do Coral João Gomes Júnior, Moises Rodrigues que apresentou o recital de músicas regionais do compositor Chico da Silva, entre elas; Amazonas, Meu Amor, Amor Está no Ar e Vermelho, fazendo uma singela homenagem a cultura do Festival de Boi Bumbá, em seguida a cerimonia encerrou com a distribuição gratuita da obra autografada pelo Acadêmico.

Editada pela Academia Amazonense de Letras, a obra é fruto de emenda parlamentar, a partir de propositura da Deputada Alessandra Campelo com apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult.

Os títulos lançados estarão disponíveis para consulta local no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, na sede da Academia, localizada na Rua Ramos Ferreira, 1009 Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.

Sobre o autor: Júlio Antônio Lopes é amazonense, nascido em 24/03/1964 nas dependências da Santa Casa de Misericórdia. Advogado, com destacada atuação em causas relacionadas à liberdade de expressão do pensamento e de comunicação, jornalista, escritor e editor, foi editorialista e diretor jurídico do jornal A Crítica, onde assinou artigos há 35 anos na página de Opinião.

Possui graduação na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desenvolveu notável liderança estudantil: fundou um jornal; foi eleito presidente do Centro Acadêmico de Direito (CAD) com a chapa JVSTITIA no ano mágico de 1988, quando foi promulgada a Constituição até hoje em vigor.

É membro efetivo da Academia Amazonense de Letras (AAL), terceiro ocupante da cadeira 23, cujo patrono é Cruz e Sousa, eleito em 14 de dezembro de 2012, na sucessão de Joaquim de Alencar e Silva, e recebido pelo acadêmico José Bernardo Cabral. A Cadeira foi fundada por Nunes Pereira.

Todos os títulos lançados ao longo do ano estarão disponíveis para consulta local no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, localizado na sede da Academia, na Rua Ramos Ferreira, 1009 Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.

*Com informações da ASCOM-AAL
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contatos: (92) 99219.6767 / (92) 98835.9047 – Leidy Amaral

Imagens cedida pelo fotografo José Carlos

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O autor escreve sobre os heróis passados e contemporâneos. Pessoas que influenciaram o destino do Amazonas com ações que impactam positivamente até os dias atuais. Um resgate importante para o conhecimento das futuras gerações.

A obra literária aborda vários temas em linguagem jornalística, relatando a Amazônia com suas ilustres personalidades do passado, como Ajuricaba, Eduardo Ribeiro, Tenreiro Aranha entre outros. Os contextos são pequenos artigos, de fácil leitura e compreensão, em linguagem quase coloquial. A obra apresenta uma reprodução com pequenas adaptações, dos textos escrito pelo autor no jornal A Crítica, de Manaus.

A intenção é despertar nos jovens, sobretudo, a atenção sobre aqueles momentos marcantes da história de grandes personalidades do Amazonas, além de relatar as lendas, mistérios, heroísmo e eventos formadores de identidade. Que os leitores possam apreciar a obra e que esta seja o ponto de partida para um novo olhar e uma nova ação, mais acolhedora e comprometedora com a terra de Ajuricaba.

Editada pela Academia Amazonense de Letras, a obra literária é fruto de emenda parlamentar, a partir de propositura da Deputada Alessandra Campelo com apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult.

O lançamento será neste sábado (06 de julho) no salão nobre do Pensamento Amazônico Álvaro Maia da Academia Amazonense de Letras, às 10h, com entrada gratuita. Após a cerimônia de lançamento haverá a distribuição gratuita da obra autografada pelo Acadêmico aos convidados e público presente.

Sobre o autor: Júlio Antônio Lopes é amazonense, nascido em 24/03/1964 nas dependências da Santa Casa de Misericórdia. Advogado, com destacada atuação em causas relacionadas à liberdade de expressão do pensamento e de comunicação, jornalista, escritor e editor, foi editorialista e diretor jurídico do jornal A Crítica, onde assinou artigos há 35 anos na página de Opinião.

Possui graduação na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Desenvolveu notável liderança estudantil: fundou um jornal; foi eleito presidente do Centro Acadêmico de Direito (CAD) com a chapa JVSTITIA no ano mágico de 1988, quando foi promulgada a Constituição até hoje em vigor.

É membro efetivo da Academia Amazonense de Letras (AAL), terceiro ocupante da cadeira 23, cujo patrono é Cruz e Sousa, eleito em 14 de dezembro de 2012, na sucessão de Joaquim de Alencar e Silva, e recebido pelo acadêmico José Bernardo Cabral. A Cadeira foi fundada por Nunes Pereira.


*Com informações da ASCOM-AAL
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contatos: (92) 99219.6767 – Leidy Amaral

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A instituição maçônica adota desde a origem a trilogia liberdade, igualdade e fraternidade, consagrando a luta dos povos oprimidos pelos governos absolutistas.

A Instituição Maçônica cuja origem é motivo ainda hoje, de paciente perquirição, ensejando as mais diversas opiniões, todas elas porém, demonstrando o caráter universalista da Ordem, sempre se constituiu em um tema apaixonante de apreensão da inteligência humana. É muito difícil por certo, a sua conceituação uniforme, uma vez que seu processo de expansão e evolução acompanha os fatos que se desenrolam entre os homens gerando as motivações mais civilizadoras.

“[…] Segundo o estudioso dos assuntos maçônicos Alfredo de Paiva, a maçonaria é uma associação universal e filosófica, reflexo sempre de nobres tendências inspiradas na mais perfeita tolerância pelas crenças individuais”.

Fonte: VALLE, Rodolpho. Centenário Maçônico. Manaus, 1972. Pág.: 15

Nos momentos mais inquietantes que o mundo atravessa de guerras, tumultos de paixões, campanhas de descredito, febre de riqueza, luxo desvairado, conflito violento de ideias.

Senhor Antonio Bernardo. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

“[…] Segundo o autor Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro, a Maçonaria no vasto campo moral que possui tem bálsamo para todas as dores e aflições, remédio para todos males e é, uma força que não se gasta, não se dissipa, no tratamento que deve ao próximo que sente necessidade de amparo e socorro”.

Fonte: VALLE, Rodolpho. Centenário Maçônico. Manaus, 1972. Pág.: 15

Sem dúvida ela é uma instituição que ensina o valor eterno dos princípios de cultura humana e individual no independente dos lugares e das épocas, proporciona aos indivíduos as suas agrupações, a noção clara e certa da solidariedade do amor, do direito, da justiça e da liberdade. A instituição maçônica adota desde a origem a trilogia liberdade, igualdade e fraternidade, consagrando a luta dos povos oprimidos pelos governos absolutistas.

Tanto na Europa quanto na Ásia, por toda parte onde ela pode exercer sua influência, teve a glória de vencer pelas armas da persuasão e pelo poder do exemplo, a insaciável avidez das paixões políticas e religiosas e de levar a ordem e a paz por toda a parte onde o espírito revolucionário implantou a discórdia e a guerra. E ao seu zelo por causa tão santa que se atribui a longa tirania que ela teve que suportar de todos os poderes que não marcharam nas veredas da justiça. Como ocorreu em tempos mais recentes na pátria mãe Portugal quando da instalação da tirania do Regime Salazarista imposto por Salazar na pátria mãe.

Foto: Roumen Koynov

Grande Benemérita Loja Simbólica Aurora Lusitana oferece a verdadeira luz ao português Antônio Bernardo Andorinha

A Grande Benemérita Loja Simbólica Aurora Lusitana fundada por portugueses no dia 20 de junho de 1897, em um jantar na residência do maçom Abel Nunes Thompson de Quadros, cuja, principal ordem era acolher portugueses natos, muitos foram aqueles que lá se destacaram dentre eles o português radicado em Manaus, Antônio Bernardo Andorinha, que recebeu a verdadeira luz por iniciação no Grau de Aprendiz Maçom no dia 18 de março de 1944, ingressando assim, mais um português que viria com a força do sangue lusitano reforçar as colunas daquela loja e se juntar a tantos outros portugueses que ajudaram a caminhada centenária da referida loja.

Sua trajetória na busca dos conhecimentos maçônica lhe permitiu que no dia 22 de maio de 1944 recebia por merecimento, frequência e doação o Grau de Companheiro Maçom na sua Loja Mãe. O tempo foi passando, os ensinamentos foram sendo ministrados e ele por dedicação foi merecedor de receber sua Plenitude Maçônica no Grau de Mestre Maçom no dia 22 de julho de 1944, permitindo assim, a conquista de seus méritos em sua Loja Mãe. O agora Mestre Maçom Antônio Bernardo Andorinha continuou sua luta no templo de sua loja contra as fraquezas morais, promovendo a virtude e a integridade, tão necessárias para a construção de uma sociedade mais justas e equitativa dentro dos princípios de sua formação moral e de generosidade para com a Instituição.

Foto: Roumen Koynov

Foi um maçom dedicado as causas humanas e acompanhou desde sua iniciação as normas disciplinadoras de seu comportamento e de suas atividades, adaptando-se ao processo de desenvolvimento espiritual e moral de sua vida. Para se conhecer na verdade em toda sua extensão a passagem desse português pelos quadros como obreiro e Mestre Maçom Antônio Bernardo Andorinha, em todas suas minucias e me todas suas ações enquanto viveu entre nós é fundamentalmente indispensável saber como ele aqui chegou, como se aclimatou no país e na cidade que o recebeu e de que forma exerceu sua função como cidadão, esposo, pai e irmão de nossa ordem.

Cumpre saber como ele trabalhou e contribuiu de forma importante para manutenção da colunas portuguesas da Grande Benemérita Loja Simbólica Aurora Lusitana. Foi um maçom constante metódico, consciente generoso, abnegado e amigo tantas vezes daqueles que estiveram em sua volta. Sua atuação econômica permitia que no aniversario da Loja fosse destinado um boi de uma de suas fazendas para ser produto de um leilão cuja renda era destinada a sua Loja Mãe. Essas verdade históricas resultam de um espirito de luta desse bravo irmão lusitano que se deslocou de sua pátria para desbravar nossa terra e principalmente promovendo o crescimento de nossa região.

Como chefe de família a sua conduta foi exemplar, como maçom dedicado teve uma vida irrepreensível. Considerado um homem de elevada alma nobre, mas sábia e sublime foi sua participação na maçonaria a época. Como maçom esteve intimamente convencido de que a maçonaria é a obra mais completa que o homem produziu e de que, como Instituição humana dispõem melhor do que qualquer outra de todas as instituições precisas para tornar o homem feliz, levando-lhe o moral, retratando-lhe os instintos, desembaraçando do fanatismo religioso, tornando-o um homem bom e justo, tolerante e sociável, sem ódios a satisfazer sem vinganças a pôr em prática, pronto a qualquer sacrifício em proveito da liberdade e a justiça, onde quer que os tiranos tentem ofuscar o espírito humano, eram de fato seus princípios de vida.

Por um longo período durante todas as noites trabalhou em sua oficina no Oriente de Manaus, dando-lhe salutar exemplo de uma dedicação sem limites, de uma correção irrepreensível, ensinando os portugueses neófitos, aconselhando os inexperientes a todos carinhosamente envolvendo no manto augusto de sua bondade inesgotável. Homem simples mas vezes calado sem pretensões de ser o dono da palavra, contudo, guardava força para a solidariedade. Quem quer ainda creia nos altos desígnios de Deus sobre o homem na face da terra, quem ainda não tenha todo descrito da ação civilizadora nos destinos da humanidade, quem quer ainda não se tenha tornado em absoluto indiferente ao movimento regenerador que as conquistas do espírito humano vão operando na vida de um homem, este era o maçom dedicado a Grande Benemérita Loja Simbólica Aurora Lusitana, Antônio Bernardo Andorinha.

Foto: Roumen Koynov

As raízes portuguesas de Antônio Bernardo Andorinha

Nasceu no dia 13 de setembro de 1906 em Armamar – Arícera (Conselho da Régua), veio para o Brasil porque seu pai José Bernardo na época já viúvo não permitiu que após a conclusão dos estudos no Liceu, muda-se para a cidade de Coimbra, a fim de se matricular na tradicional Universidade de Coimbra.

Com a ideia de não permanecer na aldeia que lhe servira de berço e querendo ir em busca de novos horizontes logo vê a ideia de transferir-se para o Rio de Janeiro, pelo fato de lá já residirem alguns primos. No entanto, a influência de um amigo de infância Delfim da Costa, com quem se trocava correspondia e já estava em Manaus alguns anos, exercendo a profissão de barbeiro e que tinha alcançado algum êxito.

Transcorria o ano de 1929, embalado pelo que confirmava, amiúde, ser Manaus uma bela e pacata cidade. Aqui foram tempos difíceis, seu primeiro emprego foi na então chamada Colônia de Alienados (Hospício Eduardo Ribeiro no Bairro de Flores). Com o passar do tempo, seu diretor Urbano Nôvoa, tornou-se um inigualável amigo, sentimento que os uniu até a morte. Ali permaneceu durante um pouco mais de ano, apesar das instâncias feitas pelo Diretor Urbano, inclusive com melhoria salarial, porem, saiu porque tinha um objetivo: Queria ser seu próprio empregado independente de qualquer vinculo empregatício com qualquer que fosse. Assim o fez. A princípio no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, com uma venda de carne bovina, é nesta oportunidade que ganhou o carinhoso apelido de Andorinha e que acabou por incorporá-lo ao seu nome.

Alguns anos passaram-se trabalhando por sua proporia conta e risco, a atuar no Matadouro Municipal, também conhecido como (curro), quando abatia o gado adquirido no Baixo Amazonas e o revendia para açougues e bancas do mercado municipal. Em 1943 comprou sua primeira fazenda, a São José e anos após mais três, todas no município do Careiro, conseguindo nelas fazer a engorda do rebanho que vinha do então Território do Rio Branco e do Baixo Amazonas

Com sua visão comercial acabou por eliminar o atravessador, que lhe encarecia o produto, trazendo-o ele próprio de suas fazendas para o matadouro nas embarcações de sua propriedade. Era pois, numa pessoa só, o produtor, o criador e o vendedor direto do produto o que lhe permitiu durante anos consecutivos ser o principal senão o único fornecedor de carnes bovinas aos quartéis, hospitais, educandários e a maior parte dos açougues e trabalhadores. Em 1956 fundou a Marchantaria Imperial da qual foi presidente ate sua morte e que era integrada por todos os marchantes importantes e poderosos da época.

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