Monthly Archives fevereiro 2024

Após o lançamento haverá a distribuição gratuita das obras autografadas pelos Acadêmicos aos convidados.

As obras literárias intituladas “Portal da Amazônia – Crônicas de um Jornalista na Amazônia” de Abrahim Baze e “Reclames Médicos da Manaus Antiga”, de Aristóteles Alencar serão lançadas neste sábado, 02 de março, no salão nobre do Pensamento Amazônico Álvaro Maia da Academia Amazonense de Letras. A entrada é gratuita.

A obra “Portal Amazônia – Crônicas de um Jornalista na Amazônia” produzida pelo acadêmico Abrahim Baze, tem o intuito de ampliar as leituras de suas crônicas, pois a obra reúne recordações históricas e valiosas, apresentando um resgate do passado promovendo ao leitor o conhecimento da comunicação através de uma coletânea de fatos, que permite a recriação da difusão feita em um Portal da televisão na WEB.

“Reclames Médicos na Manaus Antiga”, do acadêmico @aristotelesalencar, reúne a história de anúncios de propagandas médicas sob o ponto de vista da ética médica, um trabalho de pesquisa dos mais interessantes, sob nova temática, através de pesquisas realizadas no objetivo de familiarizar o leitor com os profissionais, assim como eram as propagandas de medicamentos e alguns produtos destinados à saúde humana no final do Século XIX e começo do Século XX no estado do Amazonas.

Os livros editados pela Academia Amazonense de Letras é fruto de emenda parlamentar, a partir de propositura do Deputado Serafim Corrêa com apoio do Governo do Amazonas por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus, por meio da Manauscult. Após o lançamento haverá a distribuição gratuita das obras autografadas pelos Acadêmicos aos convidados.

Todos os títulos lançados ao longo do ano estarão disponíveis para consulta local no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, localizado na sede da Academia, na Rua Ramos Ferreira, 1009 Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.

*Com informações da ASCOM-AAL
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contatos: (92) 99219.6767 / (92) 98835.9047 – Leidy Amaral

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Ao longo desses 16 anos a FUnATI vem atuando como um Centro de Referência de ensino, pesquisa, extensão e assistência à saúde voltados para questões inerentes ao envelhecimento e na formação de recursos humanos Especialistas na área de Gerontologia e Saúde do Idoso.

A Escola Judicial do Tribunal de Justiça do Amazonas (Ejud/TJAM) homenageou pela primeira vez em 13 anos de história, 50 personalidades entre ministros; magistrados; juristas; procuradores; advogados; reitores; secretários de estado; militares; deputados estaduais; servidores do TJAM; profissionais ligados à educação; entre outros com a “Medalha do Mérito Acadêmico”.

A cerimônia de outorga da insígnia ocorreu no auditório Desembargador Arthur Virgílio do Carmo Ribeiro do Centro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes, a Sede do Poder Judiciário em Manaus.

Entre os homenageados, o membro da Academia Amazonense de Letras, o médico renomado na área de geriatria, Dr. Euler Esteves Ribeiro, Reitor da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) que ao longo desses 16 anos vem atuando como um Centro de Referência de ensino, pesquisa, extensão e assistência à saúde voltados para questões inerentes ao envelhecimento e na formação de recursos humanos Especialistas na área de Gerontologia e Saúde do Idoso.

A outorga da medalha simboliza o trabalho extraordinário que é feito pela Escola Judicial em reconhecimento à atuação, competência e ao comprometimento de magistrados; servidores; professores e de outros que tenham colaborado para o aprimoramento da Educação Judicial no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Amazonas.

A Portaria n.º 02/2023 – Ejud-AM, de 8 de novembro de 2023, com os nomes dos 50 agraciados foi publicada no Caderno Administrativo do Diário da Justiça Eletrônico (DJe) do dia 17 de janeiro de 2024, Edição 3714.

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A obra intitulada “Era uma vez na Ilha de Parintins” tem sua renda revertida para o projeto Oftalmologia Humanitária.

O programa Literatura em Foco apresentado por Abrahim Baze, gravado na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras entrevista nesta edição o médico e escritor Jacob Cohen, natural do município de Parintins.

O médico e escritor Jacob Cohen destacou durante a entrevista o lançamento da obra intitulada “Era uma vez na Ilha de Parintins” pela Editora da Universidade Federal do Amazonas (EDUA), no qual teve a sua renda revertida para o projeto Oftalmologia Humanitária.

A obra apresenta um conteúdo de informações sobre folclore, a organização social da cidade, a presença forte do folclore, levando artistas para todo o Brasil, além de resgatar histórias desde a chegada dos judeus na Amazônia, acidentes com os icônicos hidroaviões “Catalinas”, em Parintins; a brincadeira e rivalidade dos bois e com criatividade e agudeza faz referência a profissões em extinção, a exemplo dos topógrafos, datilógrafos e telegrafistas, tão comuns e admirados no século passado.

Com imagens de Nelio Costa e produção de Juliana Neves, você confere a entrevista completa no Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

*Com informações da ASCOM-AAL
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A fisionomia urbana de Manaus do período em que viveu Maria Moreira Gomes reflete bem o espírito da sociedade que aqui floresceu em fins de 1800 e início de 1900.

Foto: Acervo Abrahim Baze

A verdureira Maria Moreira Gomes nasceu em Manaus, no dia 10 de maio de 1887, na Rua Doutor Machado e foi registrada no Consulado Português, em Manaus, como portuguesa. Casou em primeira nupcia com o senhor João de Mattos. Desse casamento trouxe ao mundo nove filhos, todos homens. Posteriormente, ficou viúva e casou em segunda nupcia com Anísio Magno Barroso, nascido deste casamento três filhos, todas mulheres. Os filhos do primeiro casamento foram: Jorge Mattos, José Mattos, Antônio Mattos e Manuel Mattos.

 Mulher de vida pacata, dormia cedo e acordava cedo. Tinha o hábito de tomar vinho no almoço e no jantar. Dedicou toda sua vida ao trabalho no Mercado Adolpho com vendas de verduras e hortaliças, era a pessoa mais popular na área. Em Portugal, vivia uma de suas irmãs e outra no Rio de Janeiro. Maria Moreira guardava boas lembranças do Mercado, inclusive, do primeiro, antes da reforma, falava da construção do Porto de Manaus, Farmácia Lemos e do Banco Canavarro que, mais tarde, passou a ser Ferragens Canavarro. Mulher de excelente memória lembrava-se das Ruas Leonardo Malcher, Doutor Machado e Eduardo Ribeiro, as Igrejas da Matriz e dos Remédios, a construção das pontes da Cachoeirinha e da Chapada, no Governo de Eduardo Ribeiro. Ela participava do Carnaval em Manaus quando os carros alegóricos eram com tração animal. Tendo trabalhado como lavadeira, cortou lenha para usinas de bonde.

A tradição de trabalhar no Mercado Adolpho Lisboa passou para os filhos, tendo um dos netos permanecido até hoje com a concessão de um box no Mercado.  

Foto: Acervo/BN Digital

 “… Foi noticiado no Jornal A notícia, no dia 02 de junho de 1988: Morre uma das figuras mais tradicionais. Dezenas de pessoas, entre amigos e colegas de trabalho acompanharam ontem, o enterro da centenária dona Maria Moreira Gomes, conhecida como Maria Portuguesa, querida e admirada por todos, que no dia a dia costumava ir ao mercado para trabalhar.

Maria Portuguesa morreu ontem, em sua residência, às 15h, por complicações trazidas pela idade. Ela completou, no último dia 10 do mês passado 101 anos. Para os amigos que levaram ao último adeus, só havia uma coisa a dizer sobre Maria Portuguesa: O seu exemplo de luta e de perseverança no dia a dia, buscando sempre o trabalho de feirante, desde os primórdios tempos do Mercado Municipal.

Agraciada com uma banca de n. 07, no Mercado Municipal, após a reforma na gestão do Prefeito Jorge Teixeira, Maria só de trabalho tinha 67 anos que lhe tornaram popular a todos que no dia a dia frequentavam o mercado. Para quem a conheceu, Maria não vendia somente verduras e plantas medicinais, vendia também todo o seu conhecimento sobre o Mercado Municipal, pois sabia de todos os momentos históricos do local e, dos áureos tempos em que como sempre relembrava os filhos, a comida era farta quando tinha tartaruga, a carne e o peixe. Maria trabalhou até 100 anos. No ano passado, em maio, seu centenário foi comemorado por todos os colegas do mercado e pelas autoridades. Como a idade já não lhe permitia os excessos teve que parar, mesmo contra sua vontade. Continuava lúcida e sempre relembrando suas andanças. Trazida sempre pelo carma de feirante e, em casa, segundo seu filho Antônio Mattos, Maria dedicava-se a criar galinhas e patos, em seu quintal, quase sempre para dar de presente a algum amigo.

Por duas vezes, foi condecorada a mãe do ano, em 1986 e 1987, numa homenagem feita pela Rádio Difusora. Sua popularidadecomo sempre, lhe rendia homenagens daqueles que sempre a apontavam no Mercado Municipal. Maria Portuguesa deixou cinco filhos: Antônio Mattos, Manuel Mattos, José Gomes Mattos, Jorge Mattos e Maria Araújo Damasceno, além de 27 netos e 18 bisnetos.

Foto: Instituto Durango Duarte

Quem foi Maria Portuguesa 

Dedicada e meiga Maria Moreira Gomes, a portuguesa do Mercado Adolpho Lisboa, somente quem a conhecia poderia saber do que ela já havia feito para sobreviver na vida. Foi barbeira, mateira, chofer de praça, carregadora do mercado, empregada doméstica que encerrou sua vida como verdureira no Mercado Adolpho Lisboa. Foi sinônimo de trabalho, admirada por todos e sempre vaidosa, era realmente de uma felicidade que impressionava todos em sua volta.

Na labuta diária, acordava às 4 horas da madrugada e se dirigia ao Mercado, naturalmente vendendo suas plantas, verduras e hortaliças cultivadas em seu próprio quintal, tais como: mucuracaá, cala-boca, jiboia, mão-aberta, samandaru e outros. Gostava de novelas e era apaixonada pelo Flamengo e pelo Nacional Futebol Clube de Manaus. Tinha como devoção São Sebastião e Nossa Senhora da Conceição. Em conversas com amigos, trazia suas lembranças dos antigos carnavais de Manaus, especialmente dos bailes do Luso Sporting Clube, Nacional Futebol Clube e Atlético Rio Negro Clube, lembrava bem dos carnavais de rua, onde os carros alegóricos eram puxados a atração animal. Era uma pessoa de uma alegria contagiante que transformou sua existência, apesar das dificuldades no prazer de viver.*

A Manaus da Época em que Viveu Maria Moreira Gomes

Se a arquitetura é o símbolo mais visível de uma sociedade, a fisionomia urbana de Manaus do período em que viveu Maria Moreira Gomes reflete bem o espírito da sociedade que aqui floresceu em fins de 1800 e início de 1900. Na verdade, a arquitetura de Manaus exprime uma atitude emocional das fortes lembranças passadas por ela e a estética do apogeu de um período do látex e da burguesia enriquecida pelo processo produtivo.

A cidade que despertou a admiração de tantos estrangeiros imigrantes ou visitantes, nas primeiras décadas de 1900, era motivo de longas prosas em que Maria travava com aqueles que lhe abordavam na esperança de relembrar a cidade que lhe serviu de berço.

De uma aldeia dos índios Manaus, o antigo Lugar da Barra se transformara num dos mais importantes centros do mundo tropical, graças à vitalidade econômica da borracha, cujo Mercado Adolpho Lisboa guardava, silenciosamente, na sua maioria permissionários de nacionalidade portuguesa.

A Maria Portuguesa como costumava ser conhecida, falava sempre com muito amor da sua Manaus de outrora e desdobrava-se em vistas múltiplas de elogios.

Outro ponto relatado por ela, era o orgulho do centro comercial regurgitando de gentes de todas as raças e fazia questão de falar do carnaval do passado, cujos carros alegóricos eram puxados à tração animal. É como se descerra-se a cortina que ocultava no anseio de seus patrícios portugueses a trabalhar, incessantemente, em busca do vil metal. Maria Portuguesa fora, inclusive, uma das primeiras mulheres a trabalhar como chofer, expressão utilizada comumente naquela época. Ela guardou na sua memória, sem sofrer modificações, tudo quanto viu e marcara com nitidez os contornos de sonhos de uma época de sua juventude.

Fontes: Jornal A Notícia. Caderno Cidade. Manaus 02 de junho de 1988.
Jornal do Comércio. Caderno Cidade. 02 de junho de 1988.
Informações cedidas pelo seu neto Aryomar Surivan dos Prazeres Matos (neto de dona Maria Moreira Gomes).

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O Termo de colaboração nº 019/2024 foi assinado com a Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos – Manauscult no dia 08/02/2024, no valor de R$ 148.315,73 (cento e quarenta e oito mil e trezentos e quinze reais e setenta e três centavos) tendo como objeto o apoio financeiro à Academia Amazonense de Letras, autorizado pela Lei Municipal Nº1.167 de 16 de novembro de 2007, alterada pela Lei Nº 2.304 de 02 de abril de 2018, para que possa executar atividades culturais de pesquisa, de preservação e informações em benefício da coletividade, dotando-a de condições que permitam a realização de suas atividades.

Na página de transparência do site da Casa de Adriano Jorge você confere todos os termos e repasses assinados em parceria com o Governo do Estado do Amazonas e Prefeitura Municipal de Manaus.

Para saber as atividades e novidades da Academia Amazonense de Letras, confira as redes sociais e fique de olho no site da instituição.7

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O programa Literatura em Foco apresentado por Abrahim Baze, gravado na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras entrevista nesta edição a Mestra e professora Elisangela Maciel que destaca a sua mais nova obra literária intitulada “História, Cultura, Trabalho e Instituições na Amazônia”, pela editora Valer.

A obra tem a participação de Arcangelo da Silva Ferreira, Doutor em História Social da Amazônia pelo Programa de Pós-Graduacão em História Social da Amazônia (PPHIST) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O conteúdo literário é uma coletânea que reúne um conjunto de pesquisadores representantes de pelo menos quatro gerações de historiadores compromissados com a história da Amazônia. Os capítulos revelam pesquisas sobre fluxos de artistas e movimentos socioculturais, sujeitos históricos atrelados a mecanismos de poder, ações sociopolíticas no mundo do trabalho.

Mestra e professora Elisangela Maciel, possui graduação em História pela Universidade Federal do Amazonas (1998), Especialização em História da Amazônia (2003), Mestrado em História Social pela Universidade Federal do Amazonas (2008).

Com produção de Juliana Neves e imagens de Nelio Costa, a entrevista completa você pode conferir através do Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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O pesquisador Geraldo Xavier dos Anjos revela que na época da Província do Amazonas os acontecimentos de ruas eram feitos por brincadeiras como o “Entrudo e o Zé – Pereira”, além dos foliões mascarados.

Segundo pesquisador Geraldo Xavier dos Anjos, as reminiscências do carnaval do passado são recheadas de fatos bastante interessantes. Tais manifestações do carnaval que transcorriam nos principais clubes da cidade e de uma forma mais popular nas ruas de Manaus.

O pesquisador nos revela ainda que na época da Província do Amazonas esses acontecimentos de ruas eram feitos por brincadeiras como o “Entrudo e o Zé – Pereira”, além dos foliões mascarados que invadiam o centro antigo de Manaus quando da época da festa popular.

Por sua vez, o entrudo era uma prática proibida, por promover sujeira e imundície. O “Entrudo” foi uma manifestação introduzida no Brasil pelos colonizadores portugueses da Ilha de Açores.

A prática consistia em jogar nas pessoas “água de lama, tinta, lixo e tudo que fosse malcheiroso, até água podre e urina”. Tal comportamento provocou a proibição por meio de uma portaria da Câmara Municipal de Manaus publicada no código De Postura do Município.

O fiscal do primeiro Distrito desta cidade faz publicar a bem dos interesses o seguinte artigo:

Art. 82-É proibido andar-se pelas ruas e lugares públicos e jogar entrudo ou lançar alguma coisa sobre os transeuntes. Pena de dez mil – réis de multa ou três dias de prisão.

1º Permite-se as mascaradas danças carnavalescas de modo que não ofendam a moral e a tranquilidade pública e não contenham alusão às autoridades ou a religião.

2º Pelas ruas, praças e estradas da cidade não transitarão pessoas mascaradas depois do toque da Ave – Maria, Salvo as que tiverem para isso licença da autoridade policial. Os infratores incorreram na multa de cinco mil – réis ou dois dias de prisão.

Manaus, 28 de janeiro de 1874

Pedro Mendes Gonçalves Pinto

Fonte: O Malho, Ed. 760 ano XVI – 7 de abril de 1917. Foto: Reprodução/Instituto Durango Duarte

Embora sob pena de pesar das multas e prisões, esse procedimento se estendeu até o início do século XX. Por sua vez, “O Zé – Pereira” também trazido pelos portugueses acaba por revolucionar o carnaval. Os brincantes transitavam pelas vias públicas tocando bumbas, zabumbas, esse costume perdurou até o ano de 1929. As fantasias da época eram de palhaços, diabos, papa angus, etc. 

Por volta de 1855 eram publicados em jornais da época os bailes de máscaras, que aconteciam em residências dos barões da borracha e nos clubes, começa assim a prevalecer o carnaval de salão que eram frequentados por uma classe privilegiada e o de rua que contava com a participação popular.

Geraldo Xavier dos Anjos relata ainda que o comércio dessa época promovia vendas de artigos para a quadra momesca em especial na Rua do Imperador (hoje Marechal Deodoro). Nessa artéria funcionava uma loja denominada “Bazar de Paris”, especializada em artigos para o carnaval. Os jornais da época promoviam anúncios de interesses dos foliões, como por exemplo, a presença de um “Coiffeur”, Francês que se chamava George Petrus. O estabelecimento atendia seus clientes com os mais modernos penteados que eram moda na Europa.

Em 1889, época do último Carnaval da Província, aconteceu a “Batalha de Confete” na Praça Dom Pedro II. Com a chegada da República e a urbanização da cidade promovida na administração do governador Eduardo Ribeiro (1892-1896). Na principal artéria e a rua da Matriz (hoje Eduardo Ribeiro), o Carnaval toma conotação com o desfile do “Clube dos Coatyz”. Já em 1904, surgiram dois grupos importantes, “Cavalheiros Infernais e o Clube dos Terríveis, que prolongou sua participação até 1915.

Anúncio sobre o Club dos Terríveis em 12 de fevereiro de 1907 no Jornal do Commercio. Imagem: Reprodução/Biblioteca Nacional

Os Cavalheiros Infernais eram formados por foliões do Clube Internacional, cujas fantasias eram predominadas pela cor vermelha. O “Clube dos Terríveis”, porém, tinha como foliões algumas figuras de maior importância do contexto social da época como: o coronel José Cardoso Ramalho Júnior, o ex-governador Silvério Nery, o próprio governador Constantino Nery e superintendente municipal Adolpho Lisboa e Arthur César Moreira de Araújo.


Fonte:
BAZE, Abrahim. Luso Sporting Club – A Sociedade Portuguesa no Amazonas. Manaus: Editora Valer, 2007. 

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As alunas do curso de História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Kivia Mirrana Pereira, de 29 anos e Stefany Menezes de 22 anos, concorreram em 2023, as vagas para mestrado e doutorado na UFAM.

Com o resultado de seleção para Mestrado e Doutorado, a aluna Kivia foi aprovada em primeiro lugar no doutorado para estudar os intelectuais e desembargadores do Amazonas, como Gaspar Guimarães e Antônio Sá Peixoto, vinculados à Academia Amazonense de Letras e Stefany Menezes foi aprovada para o mestrado com a proposta de estudar intelectuais negros, como o Alcides Bahia e o João Leda.

A aluna Stefany Menezes, foi aprovada no mestrado com o projeto “Histórias de velhos troncos: intelectuais negros em Manaus e a construção de identidades e redes (1904-1955).

“Foi uma alegria ver meu nome na lista de aprovados para a turma de Mestrado de 2024 de História da UFAM. Isso só foi possível graças à equipe da Academia Amazonense de Letras, que sempre me recebe muito bem e me abriu os arquivos que fundamentam o meu projeto de dissertação. Sou muito grata à AAL.”

Kivia Mirrana, foi Aprovada no Doutorado em História com o projeto “Sob o prestígio da lei: formação política e práticas sociais das elites jurídicas em Manaus (1891-1930)”.

“Ser aprovada no processo de seleção para o doutorado em História da UFAM gerou-me enorme contentamento e emoção. A pesquisa de doutoramento sobre intelectuais e juristas visa estudar a atuação desse grupo no Amazonas, destacando seus aspectos intelectuais. Muitos foram fundadores da Sociedade de Homens das Letras em 1918, evoluindo para a Academia Amazonense de Letras. Sou grata aos servidores da AAL por disponibilizarem prontamente seus acervos e arquivos para consulta. Não tenho dúvidas de que esses materiais contribuirão para a escrita da tese!”

Para o Presidente da Academia Amazonense de Letras, Dr. Aristóteles Alencar, a entidade cumpre seu papel social e cultural. Uma honra para a instituição poder colaborar com o trabalho dessas jovens e brilhantes pesquisadoras.

O Diretor de Edições da Academia Amazonense de Letras, Dr. Robério Braga, destaca a importância da participação das obras dos escritores na elaboração de projetos acadêmicos.

É muito importante que os estudos universitários se voltem para os escritores amazônicos e sobre eles desenvolvam estudos científicos. A Academia Amazonense de Letras, o Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA) e eu pessoalmente ficou sempre a disposição desse novos mestres e doutores para que possa contribuir com os debates e as pesquisas.

Os arquivos utilizados pelas alunas estão disponíveis para consulta no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, localizado na sede da Academia, localizada na rua Ramos Ferreira, 1009 – Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.

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