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Emocionado comunico o desencarne do meu amigo, compadre e figura exemplar de Maçom que comigo organizou a Academia Maçônica: Arlindo Porto, aos 95 anos de idade, na sua residência no Rio de Janeiro. Foi Deputado estadual, deputado federal, governador do Estado, secretário de comunicação, secretário de Administração, presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras, fundador do sindicato dos jornalistas.

Figura excepcional, humano, sensível, espiritualista, paciente e educado, ao mesmo tempo em que leve e divertido era honrado e sério na vida pública, incapaz de uma palavra maldosa contra qualquer pessoa.

Foi ainda conselheiro do TCE.

Tive o privilégio de ser amigo, padrinho de batismo de um filho dele e de casamento.

Nunca se lamentou da vida dura que passou durante anos quando afastado da política. Foi obrigado a vender livros de porta em porta no Rio para sobreviver, mas manteve a dignidade e a honradez, depois de ter sido governador do estado e presidente da assembleia legislativa.

Harmonioso com todos e em tudo, escrevia com clareza, precisão e leveza e era um exímio revisor.

Faleceu lúcido tendo completado 95 anos em 15 de fevereiro passado.

Fica uma lacuna enorme no seio da Maçonaria, das letras, do jornalismo, e mais que isso, dentre os escassos exemplos de nobreza e honradez da vida pública.

Texto de Robério Braga

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Esta é a 2ª edição e apresenta os estudos das desigualdades regionais e sociais, a relação do amazônida com o ambiente e as fases de maior expressão da questão social no Vale do Juruá e outros temas.

O programa Literatura em Foco recebeu nesta edição a Profa. Dra. Heloísa Helena Corrêa da Silva, para falar do lançamento do seu livro “Expressões da assistência social no Médio Juruá – Amazonas”, lançado em 2022 pela Editora Dialética na Livraria Nacional em Manaus.

A 1ª edição de “Expressões da Assistência Social no Médio Juruá” foi lançada em 2012 pela Editora Universidade Federal do Amazonas, permanecendo por cinco anos como referência obrigatória nos concursos de Serviço Social. Por abordar pautas que continuam, ainda nos dias atuais, no rol das mais importantes discussões, Heloisa Helena foi estimulada a lançar uma 2ª edição sobre seus estudos das desigualdades regionais e sociais; a relação do amazônida com o ambiente e as fases de maior expressão da questão social no Vale do Juruá.

A obra promove uma viagem imperdível que propicia ao leitor interessado refletir e discutir sobre o quanto o Estado brasileiro é ainda devedor de respeito e reconhecimento da dignidade de muitos brasileiros, no caso analisado no livro de brasileiros Amazônidas.

Segundo a professora, o livro é também fruto de sua tese. Ele cumpre todas as obrigações do ponto de vista da ética da pesquisa exigida nos programas de pós-graduação, principalmente para um doutorado. A relevância está na possibilidade de ser de construída e também reconstruída toda a trajetória da Assistência no Médio Juruá”, destacando ao leitor a possibilidade de encontrar uma abordagem relacionada as lutas envoltas na construção da Assistência Social como política pública.

Profa. Dra. Heloísa Helena Corrêa da Silva, que nasceu no seringal Concórdia, uma propriedade da família materna localizada na Região do Vale do Juruá, o modo como sua pesquisa trouxe e traz horizontes críticos e impactantes sobre a opressão vivida em contextos complexos, contraditórios e diversos, descortinando particularidades das expressões da questão social e das lutas a ela inerentes em realidades amazônicas.

Sobre a autora: Heloisa Helena Correa da Silva, possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), mestrado, doutorado e pós-doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC- SP.

É professora Titular (PORTARIA N 1804, DE 21 DE SETEMBRO DE 2022) na UFAM no Departamento de Serviço Social – DSS https://ufam.edu.br/noticias-destaque/3804-promocao-funcional-professora-heloisa-helena-correa-da-silva-ascende-a-professora-titular-da-ufam.html e no Programa de Pós Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA).

Possui experiência nas áreas de Serviço Social e Interdisciplinar, com pesquisas concluídas sobre políticas públicas: da assistência social, da saúde, dos direitos sociais, dos processos de conhecimentos, sociais históricos e culturais de populações tradicionais. Membro do GT – Indígenas em Contexto Urbano nas cidades das Américas do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais – CLACSO/México.

Pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Assistência e Seguridade Social (NEPSAS/PUC-SP, de 2019 a 2022). Pesquisadora na Rede PROINQUI sobre Promoção de Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas. Idealizadora do Encontro de Políticas Públicas na Pan-Amazônia e Caribe (EPPPAC), ISSN: 2594-3685 – DOI: 10.29327/epppac. O EPPPAC é realizado bianualmente.www.epppac.com.br e https://www.even3.com.br/anais/epppac/ Em Estágio Pós doutoral no Núcleo: Gênero. Trabalho. Família do PPG/USP.

Com imagens de Pedro Gabriel e produção de Juliana Neves, você confere a entrevista completa através do Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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Vale a pena lembrar que Luciano Dias Marques aportou em Manaus no período áureo do látex, trazido por um tio que já havia se estabelecido naquela época.

Na verdade é que, para reconhecer-se em toda a sua extensão, em todo o seu significado e em todas as minúcias, o que foi às ações dos portugueses que imigraram para o Amazonas, é fundamentalmente indispensável saber como eles aqui chegaram, como se aclimataram e como exerceram sua natural tendência o comércio tais como: bares, pequenos restaurantes, padarias e pequenas e grandes mercearias de secos e molhados, como era conhecido no passado. 

E neste caso falamos do imigrante Luciano Dias Marques, proprietário da casa ‘A Renascença e Casa Dias’, ambas em Manaus, cujo primeiro local da “A Renascença” foi na Rua Joaquim Nabuco, esquina da Avenida Sete de Setembro no famoso canto do Quintela e, mais tarde, ele comprou terreno na Av. Joaquim Nabuco n° 879, bem próximo do endereço anterior, onde se estabeleceu definitivamente, e a outra casa comercial na Rua Luiz Antony n° 331, esquina da Rua Dez de Julho com Alexandre Amorim. 

Inicialmente residiu no andar superior de sua casa comercial “A Renascença”, anos depois passou a residir definitivamente no andar superior da sua casa comercial “Casa Dias”, cuja entrada era pela Rua Alexandre Amorim n° 584.

Avenida Joaquim Nabuco, esquina com a Sete de Setembro (canto do Quintela), vendo-se ao fundo a firma A Renascença, de propriedade do senhor Luciano Marques, hoje Casa do Óleo, e do outro lado o Bar do Sombra, 1920. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Luciano Dias Marques aqui chegando, trabalhou incessantemente de uma forma heroica e algumas vezes abnegada. Neste período não existia a figura moderna do supermercado o que me faz lembrar seus clientes amigos e de confiança, afinal estavam com suas compras anotadas em uma desgastada caderneta do velho fiado para pagar no final do mês. Sua clientela era tão importante que ele era o único a fornecer o rancho mensal do governador do estado que fazia entregar impreterivelmente no Palácio Rio Negro.

Estas verdades históricas resultam do espírito de luta deste bravo lusitano que abria seu tradicional comércio às seis horas da manhã e fechava normalmente às dezenove e trinta. Faz me lembrar também, enormes caminhões que conduziam do porto de Manaus para seu comércio produtos importados do sul do país e naturalmente de Portugal. 

Sua casa comercial tinha um balcão enorme com, pelo menos, oito a dez pessoas para atender, ao lado direito embaixo da escada que subia para o segundo andar onde era a residência, tinha um pequeno escritório, no centro do salão caixas enormes, expondo o bacalhau importado de Portugal. No fundo de sua mercearia havia uma prateleira até o teto com a exposição de vinhos, azeites, azeitonas, panelas e outras iguarias, também trazidas do sul do país e de Portugal. 

Mansão do casal em São Pedro, Arganil (Portugal), onde viviam, alternando entre Manaus, sempre na companhia dos filhos. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

No domingo pela manhã sua casa comercial “A Renascença” abria das sete horas às doze horas. Este depoimento que faço com extremo prazer são lembranças da minha infância, pois, eu morava exatamente do outro lado da rua, cujos principais vizinhos eram a família Jefferson Peres, Moura Tapajós, as irmãs costureiras Mariazinha, a família Said, Sr. Gardon e dona Amália e tantas outras. Luciano Dias Marques, jamais perdeu o contato com Portugal, lá construindo uma elegante residência que ainda hoje pertence à família.

Passando alguns anos e com grande movimento comercial e o progresso da “Casa Dias e A Renascença”, não mais dando conta sozinho da administração das duas casas comerciais, mandou vir de Portugal (por carta de chamada) carta consular da época três primos dele, posteriormente, mais tarde tornaram-se sócios da firma comercial Luciano Marques e Cia Ltda., fazendo sócio também seu filho Augusto Dias Marques. 

Trabalhando muito, vez por outra voltava a Portugal, retornando a sua terra natal Maladão e, comprou terras em São Pedro, Arganil, local este que destinou a construção de sua elegante moradia em frente à Capela de São Pedro, hoje monumento histórico tombado. Local aprazível que contorna a famosa Serra da Estrela, passando a residir deste então alternadamente em Manaus e Portugal, sempre acompanhado de sua família.

Casou-se em segundas núpcias com Laura Pereira Loureiro Marques, natural de Manaus, filha de pais portugueses e que fora criada em Portugal, na Beira Alta até a idade de dez anos, quando retornou a Manaus. Fruto desse casamento nasceu os filhos, Lourenço, Rui Nelson e Maria de Fátima. Sendo pai também de Leontina e Augusto.

Casal Luciano Dias Marques e Laura Pereira Loureiro Marques, pais de Maria de Fátima (Manaus), Lourenço (Manaus) e Rui Nelson (Arganil/Portal). Foto: Acervo da família cedido para Abrahim Baze

Nestas horas de intenso realismo e impulsionado por vontade de trabalhar Luciano Dias Marques não deixou de se abater pelas dificuldades de um imigrante, levou-se em cânticos à vida, em altas sinfonias de muito trabalho para construir dias melhores neste país que lhe deu guarida, concentrou suas aspirações de um trovador jovial e sonhador sempre focado de que somente o trabalho poderia escrever seu nome na história econômica do Amazonas.

Vale a pena lembrar que Luciano Dias Marques aportou em Manaus no período áureo do látex, trazido por um tio que já havia se estabelecido naquela época. Sobrinho de um grande empresário português, proprietário da fábrica de móveis “A Renascença Móveis”, no bairro do Catete na cidade do Rio de Janeiro, onde ficou por algum tempo trabalhando e morando em companhia deste tio. Retornando à Manaus estabeleceu seu primeiro comércio no bairro da Praça 14. Lamentavelmente em nome da modernidade o prédio onde funcionou a “A Renascença” está descaracterizada, cuja obra representou a época o que havia de mais moderno em construção civil.

Este lusitano integrou-se perfeitamente a sociedade portuguesa da época, tendo presidido o Luso Sporting Club no período de 1936 a 1937, cuja administração foi importante no contexto histórico do referido Club, seus familiares guardam com ternura, fortes lembranças das Pastorinhas, Alto de Natal e apresentação de grandes nomes da musicalidade portuguesa que vinham se apresentar em Manaus.

Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Esta família escreveu de forma indelével o seu nome na economia, na sociedade e na cultura do Estado do Amazonas. Bem haja o nome e a memória de Luciano Dias Marques.

*Informações cedidas por sua filha: Maria Fátima Pereira Dias Marques

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Neste último sábado, 08 de julho, a Academia Amazonense de Letras promoveu o lançamento do livro Letras do Amanhã, obra que reúne a coletânea de redações elaboradas pelos alunos do ensino médio da Rede Pública Estadual, que foram selecionados por edital como Jovens Acadêmicos , projeto que contou com o apoio da Emenda dos Deputados Ricardo Nicolau e Carlos Alberto.

Além da presença dos estudantes, o evento contou também com a presença dos pais dos alunos participantes do programa. Durante a solenidade de lançamento, o Presidente da Academia Amazonense de Letras, Dr. Aristóteles Alencar Filho destacou a importância do programa para a juventude numa era de supremacia da tecnologia.

O Programa Acadêmico Jovem (PAJ) tem o apoio do Governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e parceria da Secretaria de Educação e Desporto.

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Atividade da Secretaria de Cultura e Economia Criativa visitou vários espaços culturais do Centro nesse dia 15 de janeiro

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas iniciou a abertura oficial de sua programação de férias, com a “Caminhada Cultural”, que aconteceu das 9h às 11h, num circuito pelo Centro passando pelo Largo de São Sebastião, Teatro Amazonas, Centro Cultural Palácio da Justiça, Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista e finalizando na Academia Amazonense de Letras.

Na visita o Presidente Aristóteles Alencar e Vice-Presidente Abrahim Baze receberam o público, apresentaram a Casa de Adriano Jorge, compartilharam detalhes da história do Silogeu e guiaram um curto Sarau Literário.

Os participantes do circuito embarcaram no Sarau apresentando textos autorais e poesias de Pedro Calheiros, Thiago de Mello e Castro Alves. Ao final da visita, todos os participantes ganharam um livro de autoria acadêmica e lançado pela Academia Amazonense de Letras.

A programação de férias da Secretaria de Cultura e Economia Criativa segue durante o mês com oficinas, cursos, circuitos e intervenções artísticas que podem ser conferidas em seu site.

Para ficar por dentro das atividades da Academia Amazonense de Letras acompanhe o site e suas redes sociais.

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