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Baseada no modelo da Revista da Academia Amazonense de Letras, o periódico tem como objetivo estimular a pesquisa acadêmica e o debate em torno das atribuições das cortes de contas.

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) deu início a um passo na valorização da produção acadêmica voltada ao controle externo, em parceria com o Ministério Público de Contas (MPC) promoveram o lançamento da Revista Científica do TCE-AM.

A solenidade reuniu uma plateia de mais de 300 participantes, composta por servidores públicos, estudantes, gestores, autoridades do Judiciário, política e instituições literária como o Diretor de Edições, Dr. Robério Braga da Academia Amazonense de Letras, Dra. Rosa Pontes Braga, Profº Alcian Cavalcante, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), entre outros.

O evento ocorreu no auditório da Corte e contou também com a premiação do 1º Concurso de Artigos Científicos realizado para a produção da publicação, com o tema principal “Tribunal de Contas do caráter pedagógico das decisões à sua pretensão punitiva e ressarcitória”. O concurso teve 32 trabalhos inscritos, 17 foram aprovados para a avaliação final abordando temas de áreas como Direito, Administração Pública, Contabilidade, Economia e Gestão do Patrimônio Público, com análises que reforçam a relevância técnica e pedagógica das decisões dos Tribunais de Contas e na ocasião apresentou os três melhores colocados.

Durante a solenidade, o desembargador Luís Geraldo Sant’Ana Lanfredi, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), ministrou uma palestra com o tema “Atuação dos Tribunais de Contas na Fiscalização do Sistema Prisional”. Em um discurso, o conselheiro Fabian Barbosa destacou o periódico como a nascente de novos e melhores pensamentos, reflexões e construções doutrinárias do Tribunal de Contas do Amazonas, tornando-o mais altivo e preparado para oferecer contribuições objetivas e precursoras, visando fortalecer o controle das contas públicas e da implementação das políticas públicas que são o escopo e a razão de existência das Cortes de Contas.

A Revista Científica foi idealizada pela presidente, conselheira Yara Amazônia Lins, e executado pelo vice-presidente, conselheiro Fabian Barbosa, o conteúdo literário tem como intuito de fomentar a pesquisa acadêmica e incentivar a troca de conhecimentos em temas relacionados às atividades das cortes de contas, tendo a produção baseada no modelo da revista da Academia Amazonense de Letras, com a coordenação do Dr. André Luiz Braga e da Dra. Cleise Fontes.

Os primeiros colocados foram Cássio André Borges e Marckjones Santana Gomes, com o artigo “Tribunal de Contas do Estado do Amazonas e a governança ambiental: avaliação de impactos e perspectivas”. Em segundo lugar, Andreia Brasil Santos e Maria Fernanda Oliveira Leite, dissertaram sobre “Lei de responsabilidade fiscal e gastos com pessoal: uma análise das capitais da região norte”. Bruno de Souza Cavalcante e João Guilherme Taketomi da Rosa ficaram em terceiro lugar com o tema “Abordagem hermenêutica acerca dos limites do controle judicial das decisões exaradas pelo Tribunal de Contas no âmbito do julgamento de prestação de contas”.

Após a solenidade houve um momento de homenagens e cultura local, diversos professores receberam o diploma como Membro da Comissão de Seleção dos Artigos Científicos, entre eles o Diretor de Edições da Academia Amazonense de Letras, Dr. Robério Braga.

*Com informações da ASCOM-AAL/ TCE-AM
E-mail: [email protected] / [email protected]
Contatos: (92) 99219.6767 / (92) 98835.9047 – Leidy Amaral

Fotos: Divulgação/ TCE-AM

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No dia 19/11/2024 o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, celebrou o Termo de Fomento nº 55/2024 cujos recursos na ordem de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) proporcionará a realização de mais uma edição do programa Academia de Portas Abertas.

O Termo é oriundo da Emenda Parlamentar nº 48/2024 de autoria da Deputada Estadual Alessandra Campêlo, apoiando desta forma a difusão da literatura e cultura amazonense.

O Programa Academia de Portas Abertas proporciona a realização de eventos literomusicais, oferecendo gratuitamente para a população saraus, encontros com os Imortais, palestras Acadêmicas, visitas teatralizadas, lançamentos de livros e apresentações de música popular e erudita.

O Academia de Portas Abertas, realizado no formato atual desde 2018, é destinado a todas as faixas etárias, e recebe frequentadores dos mais diversos bairros de Manaus que aqui encontram um lugar agradável, acervo para consulta, possibilidade de participação ativa no sarau, de apreciar boa leitura e música de qualidade.

Na página de transparência do site da Casa de Adriano Jorge você confere todos os termos e repasses assinados em parceria com o Governo do Amazonas.

Para saber as atividades e novidades da Academia Amazonense de Letras, confira as redes sociais e fique de olho no site da instituição.

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Foram mais de três décadas atuando no rádio em Manaus. Edson Ribeiro Paiva, amazonense de Manaus, teve sua primeira participação no rádio em 26 de março de 1956.

Entre tantos títulos dos programas produzidos e apresentados por Edson Paiva, este foi o de maior destaque: “Esta Noite Feliz de Todos Nós”. Este era o título de um programa que fez muito sucesso na década de 70. Embalado pelo som da Jovem Guarda, que era grande sucesso na época, esse programa era obrigatório todos os sábados, quando Manaus ainda não tinha televisão. Foi um tempo em que, as rádios comandavam a programação. No comando, um disque jóquei de voz firme, porém agradável, que tratava as meninas da época por “guria” e prendia a atenção dos seus ouvintes. Seu nome: Edson Paiva, esse amigo de sempre.

Foram mais de três décadas atuando no rádio em Manaus. Edson Ribeiro Paiva, amazonense de Manaus, capricorniano e naturalmente torcedor do Clube de Regatas Flamengo. Sua primeira participação no rádio foi em 26 de março de 1956. Edson Paiva comentava sempre como fato inusitado.

Naquela época, a rádio Rio Mar que funcionava no antigo Iapetec estava contratando locutores comerciais. Duzentos candidatos fizeram a inscrição, dentre eles Edson Paiva e Deni Menezes, por ironia do destino Deni Menezes não fora classificado e mais tarde transferiu-se para o Rio de Janeiro, tornando-se repórter esportivo da Rede Globo.

Edson Paiva, Nonato Oliveira, Luiz Fabiano, Epami, com o cantor Roberto Carlos em sua primeira visita à Manaus, em 1968. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

No dia seguinte, o grupo de amigos de Edson e Deni, que costumava se reunir na Praça Dom Pedro II, em frente a antiga sede da Prefeitura Municipal, parabenizava Edson Paiva, afinal ele havia sido escolhido por Wilma Pinheiro, considerada na época a mais bela voz feminina que o rádio amazonense já projetou.

Sob a direção de Alfredo Fernandes, a rádio Rio Mar era na época uma das maiores audiências do rádio em Manaus e, após alguns anos na emissora, Edson Paiva resolveu acompanhar com a amizade muito próxima de Deni Menezes, que se encontrava no Rio de Janeiro e trabalhava, na época, na área de esporte da rádio nacional.

Inicialmente, Deni Menezes tentou ingressar na Rádio JB, onde Alberto Cury comandava uma equipe de primeira linha que posteriormente cedeu aos argumentos de Deni Menezes, da equipe de esporte da Rádio Nacional.

A primeira participação de Edson Paiva como repórter de campo ocorreu no jogo Flamengo e Vitória da Bahia, com o Flamengo vencendo a Bahia por 4×1, em partida realizada em Teixeira de Castro. Além de integrar a equipe que, entre outros, contava com Jorge Cury e Oswaldo Moreira, Edson Paiva apresentava o musical Philips, no Rio de Janeiro, de grande audiência na época e tomava parte da resenha esportiva ‘Três no Mundo da Bola’.

Edson Paiva comentava com orgulho com os amigos que, em certa ocasião, faltou o terceiro apresentador e o programa foi ao ar com sua participação e de Deni Menezes, o que motivou uma declaração escrita por Deni no livro de Rádio Nacional (pela primeira vez dois amazonenses apresentam junto um programa no Rio de Janeiro).

Edson Paiva não esquecia sua cidade natal e resolve voltar a Manaus. A Jovem Guarda já começava a alcançar as paradas de sucesso, era comum na época os jovens usarem cabelos compridos, Roberto Carlos fazia sucesso com a música ‘Calhambeque’ e é nesse período que Edson chega a Manaus, naturalmente indo outra vez trabalhar na Rádio Rio Mar.

Walter Santos que era na época o representante da CBS, deixara a companhia, passando a Edson Paiva que resolveu montar um novo programa para alcançar principalmente um público jovem. Nascia assim, o programa semanal ‘Esta Noite Feliz de Todos Nós’, que era apresentado aos sábados, às 20h.

Da esquerda para a direita: João Silva, Epami, o cantor Carlos Alberto e Edson Paiva. Década de 1960. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Foi um programa de muito sucesso, as cartas e telefonemas eram constante mostrando que o novo programa tinha conquistado o público, cujo sucesso principal era os novos lançamentos da Jovem Guarda. Nas noites de sábado, Edson Paiva oferecia pelas ondas do rádio os cantores como Lenon e Lilian, Deny e Dino, Roberto Carlos, Wanderleia, Martinha, Os Vips, entre tantos, que marcaram época na Jovem Guarda.

Edson Paiva deixa a Rádio Rio Mar para trabalhar na Rádio Difusora, onde lançou o programa ‘Viva a Juventude’, que manteve novo sucesso, porém novamente sai da Difusora para a Rádio Baré, onde permaneceu até 1979.

Edson Paiva ficou um período afastado dos microfones até 1982, pois passou a representar a Empresa CBS em Manaus, como representante divulgador e, mais tarde, convidado que foi para Rádio Difusora FM, cuja passagem durou mais ou menos um ano. Foi chamado novamente para Rádio Rio Mar, onde assume a direção comercial da empresa. Na década de 80, apresentou o Jornal Baré da TV Baré (hoje TV À Crítica).

Entre as idas e vindas, ele declarava que não podia viver longe dos microfones. A prova disto é que estava de volta ao rádio, desta vez pelas ondas tropicais da Rádio Ajuricaba, onde de segunda a sábado apresentava o programa ‘Tempo de Amar’, que apesar da simplicidade tinha marca do bom gosto do apresentador. O programa destinava-se principalmente aos solitários, amantes da boa música romântica e procurava estabelecer um contato direto com seus ouvintes por telefone.

Na verdade não podemos ignorar a força do rádio, mas será possível que um “disc jockey” (DJ) evitaria que alguém cometesse um suicídio? Pois foi possível. Edson recordava que quando apresentava o programa ‘Esta Noite Feliz de Todos Nós’, costumava fazer a abertura com mensagens espirituais, com Emanuel ou André Luís, e um dia ele recebeu uma carta de uma ouvinte da região do Cambixe. Na carta, a ouvinte contava que, havia sido seduzida e só não chegara ao suicídio, porque ouvia as mensagens lidas no programa.

À esquerda: Edson Paiva, o cantor Carlos Alberto de João Silva, da Novidade Discos. À direita: Jogo do Nacional e Fluminense em 1957, repórter esportivo da Rádio Globo, Deni Menezes, ao lado do árbitro Odail Braga Martins. (Registro de Rui Heliandro Sá Valente). Fotos: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Edson Paiva amou fazer rádio. Foram mais de três décadas. Homem que seguia as orientações espíritas e com humildade guardou consigo as orientações do amigo Jaime Rebelo, da Rádio Baré. Em termos nacionais, afirmava que Aroldo de Andrade era o símbolo da Rádio no Brasil.

Edson Paiva foi casado com Maria da Conceição Corrêa Paiva, em 28 de dezembro de 1965, fruto desse casamento nasceram dois filhos, Yara Cláudia Corrêa Paiva e Edson Ribeiro Paiva Júnior.

Edson Paiva nasceu em 3 de janeiro de 1938 e faleceu no dia 3 de novembro de 2013, escrevendo uma bela história do Rádio Amazonense.

Aeroporto de Ponta Pelada, 1968. Foto: Ediúcio de Castro Alves/Acervo pessoal

Como renasceu o amor …

“… Estava eu no aeroporto de Ponta Pelada, nos idos de 1962, para recepcionar uma tia que chegava do Rio de Janeiro, quando me deparo com a bela figura de um rapaz, também chegando do Rio.

Estávamos todos aguardando que passasse o temporal que se abatera na cidade quando, para minha surpresa (e alegria), o belo rapaz se aproxima de mim e se apresenta. Então, passamos a conversar assuntos triviais, apenas para justificar a aproximação.

Na época ainda não dispúnhamos da tecnologia de celulares e nem eu possuía telefone. Então, combinamos um encontro na boate de domingo no Atlético Rio Negro Clube, que funcionava no parque aquático, entre 20h e 23h.

No domingo seguinte, para minha tristeza o belo rapaz que se chamava Edson Paiva, não apareceu. Então pensei: “quem sou eu para chamar a atenção de um moço recém-chegado do Rio” … Enfim …

Mas … no domingo seguinte … estava no parque aquático quando vejo surgir Edson Paiva! Dançamos, conversamos, combinamos novo encontro.

Nesse novo encontro, eu que já estava caidinha pelo moço, ele me disse que tinha resolvido não voltar mais para o Rio de Janeiro, para se estabelecer em Manaus, onde morava sua família.

Mas … (novamente o mas …) não continuaríamos com nossos encontros, pois iria recomeçar do zero e não poderia assumir um compromisso comigo.

Então eu, audaciosamente, perguntei: “Eu não posso fazer parte desse recomeço?”

E foi assim que nosso Amor se reencontrou por 50 anos, nesta vida e, que seguirá pela eternidade, porque a Vida continua …

Eu sou Conceição Paiva e esta é a nossa história.

*Informações cedidas pela senhora Maria da Conceição Corrêa Paiva.

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Emocionado comunico o desencarne do meu amigo, compadre e figura exemplar de Maçom que comigo organizou a Academia Maçônica: Arlindo Porto, aos 95 anos de idade, na sua residência no Rio de Janeiro. Foi Deputado estadual, deputado federal, governador do Estado, secretário de comunicação, secretário de Administração, presidente do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas e da Academia Amazonense de Letras, fundador do sindicato dos jornalistas.

Figura excepcional, humano, sensível, espiritualista, paciente e educado, ao mesmo tempo em que leve e divertido era honrado e sério na vida pública, incapaz de uma palavra maldosa contra qualquer pessoa.

Foi ainda conselheiro do TCE.

Tive o privilégio de ser amigo, padrinho de batismo de um filho dele e de casamento.

Nunca se lamentou da vida dura que passou durante anos quando afastado da política. Foi obrigado a vender livros de porta em porta no Rio para sobreviver, mas manteve a dignidade e a honradez, depois de ter sido governador do estado e presidente da assembleia legislativa.

Harmonioso com todos e em tudo, escrevia com clareza, precisão e leveza e era um exímio revisor.

Faleceu lúcido tendo completado 95 anos em 15 de fevereiro passado.

Fica uma lacuna enorme no seio da Maçonaria, das letras, do jornalismo, e mais que isso, dentre os escassos exemplos de nobreza e honradez da vida pública.

Texto de Robério Braga

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Esta é a 2ª edição e apresenta os estudos das desigualdades regionais e sociais, a relação do amazônida com o ambiente e as fases de maior expressão da questão social no Vale do Juruá e outros temas.

O programa Literatura em Foco recebeu nesta edição a Profa. Dra. Heloísa Helena Corrêa da Silva, para falar do lançamento do seu livro “Expressões da assistência social no Médio Juruá – Amazonas”, lançado em 2022 pela Editora Dialética na Livraria Nacional em Manaus.

A 1ª edição de “Expressões da Assistência Social no Médio Juruá” foi lançada em 2012 pela Editora Universidade Federal do Amazonas, permanecendo por cinco anos como referência obrigatória nos concursos de Serviço Social. Por abordar pautas que continuam, ainda nos dias atuais, no rol das mais importantes discussões, Heloisa Helena foi estimulada a lançar uma 2ª edição sobre seus estudos das desigualdades regionais e sociais; a relação do amazônida com o ambiente e as fases de maior expressão da questão social no Vale do Juruá.

A obra promove uma viagem imperdível que propicia ao leitor interessado refletir e discutir sobre o quanto o Estado brasileiro é ainda devedor de respeito e reconhecimento da dignidade de muitos brasileiros, no caso analisado no livro de brasileiros Amazônidas.

Segundo a professora, o livro é também fruto de sua tese. Ele cumpre todas as obrigações do ponto de vista da ética da pesquisa exigida nos programas de pós-graduação, principalmente para um doutorado. A relevância está na possibilidade de ser de construída e também reconstruída toda a trajetória da Assistência no Médio Juruá”, destacando ao leitor a possibilidade de encontrar uma abordagem relacionada as lutas envoltas na construção da Assistência Social como política pública.

Profa. Dra. Heloísa Helena Corrêa da Silva, que nasceu no seringal Concórdia, uma propriedade da família materna localizada na Região do Vale do Juruá, o modo como sua pesquisa trouxe e traz horizontes críticos e impactantes sobre a opressão vivida em contextos complexos, contraditórios e diversos, descortinando particularidades das expressões da questão social e das lutas a ela inerentes em realidades amazônicas.

Sobre a autora: Heloisa Helena Correa da Silva, possui graduação em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), mestrado, doutorado e pós-doutorado em Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC- SP.

É professora Titular (PORTARIA N 1804, DE 21 DE SETEMBRO DE 2022) na UFAM no Departamento de Serviço Social – DSS https://ufam.edu.br/noticias-destaque/3804-promocao-funcional-professora-heloisa-helena-correa-da-silva-ascende-a-professora-titular-da-ufam.html e no Programa de Pós Graduação Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA).

Possui experiência nas áreas de Serviço Social e Interdisciplinar, com pesquisas concluídas sobre políticas públicas: da assistência social, da saúde, dos direitos sociais, dos processos de conhecimentos, sociais históricos e culturais de populações tradicionais. Membro do GT – Indígenas em Contexto Urbano nas cidades das Américas do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais – CLACSO/México.

Pesquisadora no Núcleo de Estudos e Pesquisas em Assistência e Seguridade Social (NEPSAS/PUC-SP, de 2019 a 2022). Pesquisadora na Rede PROINQUI sobre Promoção de Direitos dos Povos Indígenas e Quilombolas. Idealizadora do Encontro de Políticas Públicas na Pan-Amazônia e Caribe (EPPPAC), ISSN: 2594-3685 – DOI: 10.29327/epppac. O EPPPAC é realizado bianualmente.www.epppac.com.br e https://www.even3.com.br/anais/epppac/ Em Estágio Pós doutoral no Núcleo: Gênero. Trabalho. Família do PPG/USP.

Com imagens de Pedro Gabriel e produção de Juliana Neves, você confere a entrevista completa através do Aplicativo AMAZONSAT no Play Store ou App Store do seu celular.

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Vale a pena lembrar que Luciano Dias Marques aportou em Manaus no período áureo do látex, trazido por um tio que já havia se estabelecido naquela época.

Na verdade é que, para reconhecer-se em toda a sua extensão, em todo o seu significado e em todas as minúcias, o que foi às ações dos portugueses que imigraram para o Amazonas, é fundamentalmente indispensável saber como eles aqui chegaram, como se aclimataram e como exerceram sua natural tendência o comércio tais como: bares, pequenos restaurantes, padarias e pequenas e grandes mercearias de secos e molhados, como era conhecido no passado. 

E neste caso falamos do imigrante Luciano Dias Marques, proprietário da casa ‘A Renascença e Casa Dias’, ambas em Manaus, cujo primeiro local da “A Renascença” foi na Rua Joaquim Nabuco, esquina da Avenida Sete de Setembro no famoso canto do Quintela e, mais tarde, ele comprou terreno na Av. Joaquim Nabuco n° 879, bem próximo do endereço anterior, onde se estabeleceu definitivamente, e a outra casa comercial na Rua Luiz Antony n° 331, esquina da Rua Dez de Julho com Alexandre Amorim. 

Inicialmente residiu no andar superior de sua casa comercial “A Renascença”, anos depois passou a residir definitivamente no andar superior da sua casa comercial “Casa Dias”, cuja entrada era pela Rua Alexandre Amorim n° 584.

Avenida Joaquim Nabuco, esquina com a Sete de Setembro (canto do Quintela), vendo-se ao fundo a firma A Renascença, de propriedade do senhor Luciano Marques, hoje Casa do Óleo, e do outro lado o Bar do Sombra, 1920. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Luciano Dias Marques aqui chegando, trabalhou incessantemente de uma forma heroica e algumas vezes abnegada. Neste período não existia a figura moderna do supermercado o que me faz lembrar seus clientes amigos e de confiança, afinal estavam com suas compras anotadas em uma desgastada caderneta do velho fiado para pagar no final do mês. Sua clientela era tão importante que ele era o único a fornecer o rancho mensal do governador do estado que fazia entregar impreterivelmente no Palácio Rio Negro.

Estas verdades históricas resultam do espírito de luta deste bravo lusitano que abria seu tradicional comércio às seis horas da manhã e fechava normalmente às dezenove e trinta. Faz me lembrar também, enormes caminhões que conduziam do porto de Manaus para seu comércio produtos importados do sul do país e naturalmente de Portugal. 

Sua casa comercial tinha um balcão enorme com, pelo menos, oito a dez pessoas para atender, ao lado direito embaixo da escada que subia para o segundo andar onde era a residência, tinha um pequeno escritório, no centro do salão caixas enormes, expondo o bacalhau importado de Portugal. No fundo de sua mercearia havia uma prateleira até o teto com a exposição de vinhos, azeites, azeitonas, panelas e outras iguarias, também trazidas do sul do país e de Portugal. 

Mansão do casal em São Pedro, Arganil (Portugal), onde viviam, alternando entre Manaus, sempre na companhia dos filhos. Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

No domingo pela manhã sua casa comercial “A Renascença” abria das sete horas às doze horas. Este depoimento que faço com extremo prazer são lembranças da minha infância, pois, eu morava exatamente do outro lado da rua, cujos principais vizinhos eram a família Jefferson Peres, Moura Tapajós, as irmãs costureiras Mariazinha, a família Said, Sr. Gardon e dona Amália e tantas outras. Luciano Dias Marques, jamais perdeu o contato com Portugal, lá construindo uma elegante residência que ainda hoje pertence à família.

Passando alguns anos e com grande movimento comercial e o progresso da “Casa Dias e A Renascença”, não mais dando conta sozinho da administração das duas casas comerciais, mandou vir de Portugal (por carta de chamada) carta consular da época três primos dele, posteriormente, mais tarde tornaram-se sócios da firma comercial Luciano Marques e Cia Ltda., fazendo sócio também seu filho Augusto Dias Marques. 

Trabalhando muito, vez por outra voltava a Portugal, retornando a sua terra natal Maladão e, comprou terras em São Pedro, Arganil, local este que destinou a construção de sua elegante moradia em frente à Capela de São Pedro, hoje monumento histórico tombado. Local aprazível que contorna a famosa Serra da Estrela, passando a residir deste então alternadamente em Manaus e Portugal, sempre acompanhado de sua família.

Casou-se em segundas núpcias com Laura Pereira Loureiro Marques, natural de Manaus, filha de pais portugueses e que fora criada em Portugal, na Beira Alta até a idade de dez anos, quando retornou a Manaus. Fruto desse casamento nasceu os filhos, Lourenço, Rui Nelson e Maria de Fátima. Sendo pai também de Leontina e Augusto.

Casal Luciano Dias Marques e Laura Pereira Loureiro Marques, pais de Maria de Fátima (Manaus), Lourenço (Manaus) e Rui Nelson (Arganil/Portal). Foto: Acervo da família cedido para Abrahim Baze

Nestas horas de intenso realismo e impulsionado por vontade de trabalhar Luciano Dias Marques não deixou de se abater pelas dificuldades de um imigrante, levou-se em cânticos à vida, em altas sinfonias de muito trabalho para construir dias melhores neste país que lhe deu guarida, concentrou suas aspirações de um trovador jovial e sonhador sempre focado de que somente o trabalho poderia escrever seu nome na história econômica do Amazonas.

Vale a pena lembrar que Luciano Dias Marques aportou em Manaus no período áureo do látex, trazido por um tio que já havia se estabelecido naquela época. Sobrinho de um grande empresário português, proprietário da fábrica de móveis “A Renascença Móveis”, no bairro do Catete na cidade do Rio de Janeiro, onde ficou por algum tempo trabalhando e morando em companhia deste tio. Retornando à Manaus estabeleceu seu primeiro comércio no bairro da Praça 14. Lamentavelmente em nome da modernidade o prédio onde funcionou a “A Renascença” está descaracterizada, cuja obra representou a época o que havia de mais moderno em construção civil.

Este lusitano integrou-se perfeitamente a sociedade portuguesa da época, tendo presidido o Luso Sporting Club no período de 1936 a 1937, cuja administração foi importante no contexto histórico do referido Club, seus familiares guardam com ternura, fortes lembranças das Pastorinhas, Alto de Natal e apresentação de grandes nomes da musicalidade portuguesa que vinham se apresentar em Manaus.

Foto: Abrahim Baze/Acervo pessoal

Esta família escreveu de forma indelével o seu nome na economia, na sociedade e na cultura do Estado do Amazonas. Bem haja o nome e a memória de Luciano Dias Marques.

*Informações cedidas por sua filha: Maria Fátima Pereira Dias Marques

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Neste último sábado, 08 de julho, a Academia Amazonense de Letras promoveu o lançamento do livro Letras do Amanhã, obra que reúne a coletânea de redações elaboradas pelos alunos do ensino médio da Rede Pública Estadual, que foram selecionados por edital como Jovens Acadêmicos , projeto que contou com o apoio da Emenda dos Deputados Ricardo Nicolau e Carlos Alberto.

Além da presença dos estudantes, o evento contou também com a presença dos pais dos alunos participantes do programa. Durante a solenidade de lançamento, o Presidente da Academia Amazonense de Letras, Dr. Aristóteles Alencar Filho destacou a importância do programa para a juventude numa era de supremacia da tecnologia.

O Programa Acadêmico Jovem (PAJ) tem o apoio do Governo do Estado do Amazonas por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e parceria da Secretaria de Educação e Desporto.

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Atividade da Secretaria de Cultura e Economia Criativa visitou vários espaços culturais do Centro nesse dia 15 de janeiro

A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas iniciou a abertura oficial de sua programação de férias, com a “Caminhada Cultural”, que aconteceu das 9h às 11h, num circuito pelo Centro passando pelo Largo de São Sebastião, Teatro Amazonas, Centro Cultural Palácio da Justiça, Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista e finalizando na Academia Amazonense de Letras.

Na visita o Presidente Aristóteles Alencar e Vice-Presidente Abrahim Baze receberam o público, apresentaram a Casa de Adriano Jorge, compartilharam detalhes da história do Silogeu e guiaram um curto Sarau Literário.

Os participantes do circuito embarcaram no Sarau apresentando textos autorais e poesias de Pedro Calheiros, Thiago de Mello e Castro Alves. Ao final da visita, todos os participantes ganharam um livro de autoria acadêmica e lançado pela Academia Amazonense de Letras.

A programação de férias da Secretaria de Cultura e Economia Criativa segue durante o mês com oficinas, cursos, circuitos e intervenções artísticas que podem ser conferidas em seu site.

Para ficar por dentro das atividades da Academia Amazonense de Letras acompanhe o site e suas redes sociais.

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