Neste sábado a Academia Amazonense de Letras realizou no Salão do Pensamento Amazônico Álvaro Maia, mais uma edição de lançamento de livros dos Acadêmicos, Euler ribeiro e Zemaria Pinto.
As obras intuladas “Recordar é viver: Coletâneas”, de Euler Ribeiro é uma coletânea composta por uma variedade de temas relacionados a saúde, além da promoção do bem-estar, visando o prolongar da vida com qualidade, e o livro “Ensaios Ligeiros”, de Zemaria Pinto, demostra os largos limites de sua criatividade literária, levando o leitor a um vasto conhecimento sobre a literatura regional e nacional.
O evento foi marcado pela presença de familiares, amigos, alunos da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUnATI) e grandes personalidades como Dom Luiz Soares Vieira, que deu um breve discurso sobre a literatura amazonense, Sylvio Puga, reitor da Universidade Federal do Amazonas, Antônio Ausier, representando o Secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas – Marcos Apolo Muniz, Serafim Fernandes Correa secretário da Secretaria de Desenvolvimento, Indústria e Tecnologia (Sedecti), além da presença do Presidente da Academia Amazonense de Letras, o Doutor Aristóteles Comte de Alencar Filho.
O lançamento das obras são o resultado de emendas parlamentares de propositura do Deputado Serafim Fernandes Corrêa e termos financeiros assinados com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Após o lançamento houve a distribuição gratuita do livro autografados pelos Acadêmicos aos convidados. Todos os títulos lançados ao longo do ano estarão disponíveis para consulta no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, localizado na sede da Academia, na Rua Ramos Ferreira, 1009 Centro, das 9h às 16h, de segunda a sexta-feira.
Mais de 100 alunos do ensino fundamental do colégio La Salle entre as idades de 6 e 7 anos, estiveram presentes na Academia Amazonense de Letras nesta sexta-feira para participar de uma programação didática e diversificada sobre a literatura amazonense.
Segundo o Colégio La Salle destaca que o objetivo da visita foi de poder proporcionar na criança o interesse pela leitura, através de obras literárias consagradas e estimulando a produção de uma obra escrita pelas próprias crianças, além de expandir o vocabulário e estimular a produção de escrita espontânea e incentivar a criatividade.
As visitas ocorreram em dois turnos, um pela manhã e outro pela tarde, alunos, professores e coordenadores pedagógicos puderam conhecer melhor a estrutura física e cultural da instituição, além de ouvir a história sobre a fundação da Academia, obras literárias, fotos dos membros acadêmicos e atividades culturais.
Os visitantes tiveram acesso as dependências como o Memorial e Biblioteca Genesino Braga onde se encontram as obras dos Acadêmicos, entre elas, algumas obras do Acadêmico Elson Farias que é uma referência na literatura infantil, obras que foram produzidas ao longo de sua carreira. As crianças ficaram encantadas com os acervos infantis pela qualidade nos desenhos coloridos e linguagem didática de fácil entendimento.
O Sala-Memoria Mario Ypiranga, lugar especialmente onde se encontram os registros fotográficos das personalidades acadêmicas que passaram pela instituição deixando um grande legado na literatura amazonense e o Salão nobre do Pensamento Amazônico, Álvaro Maia, local onde acontece os lançamentos de livros dos acadêmicos e outras atividades culturais.
A Academia Amazonense de Letras, possui mais de cem anos de história no Amazonas e é composta por membros que atuam em diversos segmentos como médicos, advogados, jornalistas, poetas, escritores e professores, atualmente a instituição possui 44 membros sendo o atual Presidente Dr. Aristóteles Comte de Alencar Filho.
A poesia que nasce na floresta e ganha as ruas de uma Manaus de outrora.
Não surpreende que a jovem Sarah Castelo Branco Monteiro Rodrigues deixou Manaus na busca de um espaço na jurisprudência, porém levou com ela a essência da cidade nativa e da família que deixara para trás, lembranças espalhadas nos sonhos que fizeram parte da sua infância, juventude e da sua história. Em todos esses fragmentos, ninguém poderá conhecer sua cidade, se ao partir, não levar consigo, esses fragmentos de sua vivência.
Levou lembranças das rodas de conversas ao cair da tarde, com vizinhos em frente de suas casas, um cenário e um ritual dos tempos idos de uma Manaus de outrora. A cidade escolhida foi Belém do Pará, que fora destino de muitos amazonenses. A cada partida, e foram muitas, haviam sonhos para um longo renascer. Por tudo isso, os contornos que a natureza amazônica premiou essa cidade maravilhosa, que foi escolhida por ela, mas que também serviu de inspiração.
Os amazonenses que por certo criaram esta relação, levaram consigo os artífices dos paralelepípedos trazidos da Europa que revestiam as ruas de Manaus, os passeios de bonde, os domingos na praça em frente a antiga prefeitura de Manaus. Tudo, tudo mesmo ela levou em sua memória.
Nossa poetiza nasceu em Manaus no dia 8 de abril de 1963, filha de João Pinto Monteiro Neto com raízes no Pará, afinal, nascera em Santarém, e da senhora Maria Amélia Castelo Branco Monteiro, nascida em Manaus. A história de Manaus e a história de Belém do Pará nos é compreendida através da arquitetura, símbolo mais visível de uma sociedade, a fisionomia urbana de Manaus, reflete bem o espírito da sociedade que aqui floresceu em fins de 1800 e início de 1900.
Na verdade, a arquitetura de Manaus exprime uma atitude emocional e estética do apogeu, do período do látex e da burguesia enriquecida pelo processo produtivo e, Belém do Pará, onde se estabelece hoje a nossa poetiza, sim nossa e também de Belém, a cidade que lhe acolheu. Manaus e Belém que despertaram a admiração de tantos estrangeiros imigrantes ou visitantes, nas primeiras décadas de 1900, surgiram em plena floresta amazônica como por encantamento. Ambas cidade desdobravam-se em vistas múltiplas para quem as cruzassem nas suas avenidas e ruas de um lúcido urbanismo.
Sarah Rodrigues, como é conhecida no mundo das letras, ainda recorda a musicalidade da jovem guarda que embalaram um período de sua juventude, foi um tempo rico da nossa história em que as rádios comandavam a programação. Dedicou o seguinte poema para seus irmãos, Sydney, Symmy, Shyrley e Solica, pelos anos inesquecíveis em juntos viveram na rua Bernardo Ramos. Nos presenteia entre tantos poemas com este que publico agora:
SAUDADE DAQUELA RUA
Como recordo daquela rua! Aquela
saudosa rua em que nós cinco, outrora,
no outono, debruçados na janela,
olhávamos a vida lá por fora…
Quando eu e meus irmãos fomos embora,
não houve chuva, nem sol dentro dela,
houve apenas saudade de quem chora,
pela saudade de quem viveu nela.
Mesmo do tempo bom nos distanciando,
vamos seguindo a vida caminhando,
nutrindo por ela um amor profundo.
Porque, naquela rua em que vivíamos,
dormiam as histórias que tivemos,
que jamais revelaremos ao mundo!
Sonhar e acreditar. Dessas duas qualidades resultam as realizações sociais e os fazeres do espírito humano, fatores indispensáveis para a perpetuação das aspirações enobrecedoras e a construção de possibilidades efetivas para uma existência melhor e feliz.
Toda nova geração forja novos padrões, valores e atitudes sobre a vida e a sociedade. Esses caminhos que descortinam resultam do entusiasmo, da fé e da crença no porvir e, se constroem com doação, dedicação e muito trabalho. A existência é fruto do diálogo com o passado e das projeções em relação ao futuro, mas, é no presente que os alicerces do amanha são estabelecidos. As ações humanas, bem descritivas no livro de Sarah Rodrigues, são tecidas a partir da vontade e da decisão de realizar aquilo que pulsa no coração e nas memórias de sua infância e juventude na Manaus de outrora.
As vitórias nos trazem contentamento, mas, as derrotas nos fazem refletir e nos acrescem experiências necessárias para os empreendimentos futuros. A história de um povo e de uma nação, é feita por homens e mulheres. “É certo que não podemos compreender o presente sem conhecer o passado”, este conceito é atribuído à Aléx de Tocville (1805-1859), celebre magistrado e pensador francês.
Essas considerações me ocorrem enquanto constato, que a nossa poetiza conhecedora das leis poderá utilizá-los como pátina no cinzelamento e no conhecimento de seu trabalho. No deslumbramento do lançamento do seu livro em Manaus para mim bastante emocional, presenciei o esplendor de tantas luzes que envolveram a autora, como também, tanta inteligência na sua mais alta fulguração.
Os homens e mulheres que lograram êxito em suas histórias tiveram como principal atributo a coragem e o espírito de luta. Foram sobretudo, seres que acreditaram em seus sonhos projetos movidos pelo entusiasmo e pelos ideais, legaram a sociedade uma história de feitos e conquistas. Ao ser humano foi dado o desafio de navegar nas agitadas águas do tempo. Viver é vencer as provações que a existência nos impõem cotidianamente e cumprir com altivez e dignidade a travessia e compreender este milagre e esse enigma é condição indispensável para uma existência enriquecedora e feliz, assim como nossa poetiza o faz.
É nesse ambiente de efervescência cultural que compareci representando a Academia Amazonense de Letras no lançamento de seu livro, uma manhã de festa. Felizmente a providência divina presenteia a vida com esses momentos que trago no coração cheio de luz. É fundamentalmente importante não esquecer que nossa poetiza nos dá lições e exemplos de humildade, desta forma reconheço aqui sua capacidade e sua produção literária, irradiando novos ensinamentos que são por iguais novas lições de sabedoria. Por isso, dobrem-se os sinos, dos carrilhões da Catedral de Nossa Senhora de Nazaré, em dobres dolentes para exaltar esta amazonense e magistrada que brilha nas luzes do Estado do Pará.
Poetiza Sarah Rodrigues sua lavra poética emerge de um tropel de imagens retidas e imortalizadas na memória da cidade que te serviu de berço. Há joia, há lágrimas, há risos e principalmente as lembranças memoráveis dos bons tempos que aqui viveste entre nós, seu brilho literário nos permite voltar ao passado.
Era hora do crepúsculo. O sol, cansado de luzir e esplender calor no fim de um dia amazônico resolveu recolher-se ao seu leito de sombras. No último instante, porém, arrependido de seu programado mergulho horizonte despiu cintilações douradas, tingindo de todas as cores as nuvens, aquecendo e iluminando cenáculo da Academia Paraense de Letras com a presença de tantos ilustres acadêmicos.
Bem haja! a poetiza Sarah Rodrigues e todos acadêmicos da Academia Paraense de Letras.
Sobre o autor
Abrahim Baze é jornalista, graduado em História, especialista em ensino à distância pelo Centro Universitário UniSEB Interativo COC em Ribeirão Preto (SP). Cursou Atualização em Introdução à Museologia e Museugrafia pela Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getúlio Vargas e recebeu o título de Notório Saber em História, conferido pelo Centro Universitário de Ensino Superior do Amazonas (CIESA). É âncora dos programas Literatura em Foco e Documentos da Amazônia, no canal Amazon Sat, e colunista na CBN Amazônia. É membro da Academia Amazonense de Letras e do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas (IGHA), com 40 livros publicados, sendo três na Europa.
A obra intitulada “Recordar é viver: Coletâneas”, de Euler Ribeiro é uma coletânea composta por uma variedade de temas relacionados a saúde, além da promoção do bem-estar, visando o prolongar da vida com qualidade. O livro “Ensaios Ligeiros”, de Zemaria Pinto, demostra os largos limites de sua criatividade literária, levando o leitor a um vasto conhecimento sobre a literatura regional e nacional.
A edição especial de lançamento dos livros acontece neste sábado, 16 de setembro, às 10h, no salão nobre ‘Pensamento Amazônico Álvaro Maia’ da instituição. O evento é aberto ao público, além da apresentação das obras, o evento contará com a distribuição gratuita do livro assinados pelos imortais.
Os Livros editados pela Academia Amazonense de Letras são fruto de emenda parlamentar do Deputado Serafim Corrêa com apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa e da Prefeitura de Manaus por meio da Manauscult.
A Academia Amazonense de Letras ressalta que todos os títulos lançados no decorrer do ano poderão ser consultados no Memorial e Biblioteca Genesino Braga, na Sede da Academia, nos horários de 9h às 16h.
Data que marca a Elevação do Amazonas à Categoria de Província, 05 de setembro, o Governador do Amazonas, Wilson Lima entregou a população manauara o Parque Senador Jefferson Peres, revitalizado após passar por uma série de reestruturação no centro histórico de Manaus. A reforma foi realizada pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), órgão vinculado à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).
Inaugurado em 2009, o Parque Senador Jefferson Peres atrai diariamente cerca de 1,5 mil pessoas e faz parte da primeira fase do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin). Totalmente reformado para a população, o local se consolida como importante espaço público de lazer, se tornando ainda mais atrativo, acessível e seguro aos frequentadores.
O Parque Senador Jefferson Peres ocupa uma área de 53 mil metros quadrados e é o nono espaço urbano a passar por revitalização, o Parque possui uma estátua de bronze com suporte de mármore em tamanho natural, em homenagem ao político, a estátua está localizada próximo ao pórtico principal, o parque possui também a maior bandeira do estado – com 12 metros por 17 metros -, que foi hasteada em mastro de 60 metros de altura.
O nome do parque homenageia um dos mais proeminentes políticos do Amazonas e Acadêmico da Academia Amazonense de Letras, o senador Jefferson Peres, já falecido. No site da Academia Amazonense de Letras, o senador tem sua obra publicada intitulada “Evocação de Manaus: como eu a vi ou sonhei”, a obra está entre os 40 títulos em formato digital de forma gratuita para consulta e download através do link: https://academiaamazonensedeletras.com
Luiz Bacellar nasceu em Manaus, no dia 4 de setembro de 1928, e morreu em 9 de setembro de 2012. É considerado um dos poetas mais importantes do Brasil e um dos mais expressivos da literatura produzida no Amazonas; ganhou, com sua obra de estreia, Frauta de barro, o Prêmio Olavo Bilac da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 1959. O júri foi composto por Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.
Para celebrar o aniversário e relembrar a importância do autor, a Editora Valer promove a campanha #BACELLAR95ANOS, que começou com um sorteio e hoje começa a semana que dá 30% de desconto nos livros do poeta. Para adquirir, basta acessar o site editoravaler.com.br ou mandar mensagem para nosso WhatsApp 92 99613-1113.
De acordo com Neiza Teixeira, doutora em Filosofia e coordenadora editorial da Valer, Bacellar é um dos poetas mais importantes das Amazônias, inclusive precisa ser conhecido pelo Brasil e pelo mundo, porque os seus poemas “do ponto de vista formal, são lapidados como joia preciosa, o que nos permite, além da beleza, a compreensão e alcance da profundeza da palavra”.
Tenório Telles, presidente do Conselho Municipal de Cultura, em uma celebração ao grande poeta, ressaltou: “Luiz Bacellar simboliza a poesia e representa na nossa produção literária a figura do criador, do mestre da palavra. Sua poética é composta com a matéria da memória, do universo regional e suas rememorações sobre a cidade de Manaus”, disse.
Ainda na bibliografia de Bacellar, se destacam: Sol de feira, 1973 (Prêmio de Literatura do Estado do Amazonas), Quatro movimentos, 1975, O Crisântemo de cem pétalas (em parceria com Roberto Evangelista), 1985, Quarteto, 1998, Satori, 2000, e Quatuor, 2005.
Para saber mais como foi a vida e obra de Bacellar, assista o vídeo produzido pela Editora Valer, clicando no link a seguir: ‘https://www.youtube.com/watch?v=TcIVb-w99Es&t=512s’ ou acesse o blogdavaler.com.
O vereador Allan Campelo promoveu na quinta-feira uma reunião solene em homenagem ao Desembargador Lafayette Carneiro Vieira no Plenário Adriano Jorge da Câmara Municipal de Manaus, a atividade foi realizada através de uma propositura do vereador.
A homenagem teve como objetivo de agraciar o Desembargador Lafayette Carneiro Vieira por sua história de vida, humilde vindo do interior e por destaques em seus importantes trabalhos desenvolvidos no Estado. A solenidade contou com a presença de familiares, amigos e servidores, além dos filhos Lafayette Carneiro Vieira Júnior, Marcelo Vieira e Rogério Vieira.
O Título Cidadão ofertado pela Câmara Municipal de Manaus é concedido a qualquer pessoa que reconhecidamente tenha prestado relevantes serviços através de sua atuação e que tenha contribuído ou contribua com a história do município ou estado.
O Des. Lafayette Carneiro Vieira se sente lisonjeado e agradecido pela homenagem, pois afinal de contas a sua terra, a sua cidadania municipal é de origem Boca do Acre, com mudanças agora para Manaus, ele agradece o vereador pela iniciativa.
O homenageado, além de Desembargador é também imortal na Academia Amazonense de Letras, com mais de dez livros publicados, sua mais recente obra literária foi intitulada “Alvoradas e crepúsculos: tudo a ver com a justiça”, lançada em agosto na sede da Academia Amazonense de Letras.