Motivado pela pobreza, seca e descontentamento com a República recém-proclamada, a guerra dos canudos resultou na morte de milhares de sertanejos e consolidação do regime republicano no Brasil.

O Programa Literatura em Foco, apresentado pelo jornalista Abrahim Baze recebeu o Coronel Roberto Mendonça na Biblioteca Genesino Braga da Academia Amazonense de Letras para falar sobre a 2ª Edição da obra literária intitulada “Candido Mariano e Canudos” lançada em 1997 pela Editora da Universidade do Amazonas.
A obra retrata a atuação de Marechal Cândido Mariano na guerra dos Canudos, conflito motivado pela pobreza, seca e descontentamento com a República recém-proclamada, que desvalorizava o modo de vida sertanejo e provocava tensões sociais, resultando na destruição do arraial, na morte de milhares de sertanejos e na consolidação do regime republicano no Brasil. Militar, sertanista e indigenista brasileiro, Candido Mariano era conhecido também por expandir as linhas telegráficas, fundar o Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e defender o contato pacífico com os povos indígenas, com o lema “Morrer se preciso for, matar nunca”.
Tornou-se um herói da integração nacional e patrono das comunicações no Brasil. Liderou a construção de milhares de quilômetros de linhas telegráficas, integrando o interior do país. Fundou o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), antecessor da FUNAI, defendendo os povos indígenas, participou da Expedição Rondon-Roosevelt ao lado do ex-presidente dos EUA Theodore Roosevelt. Teve seu nome dado ao estado de Rondônia e é homenageado no Dia Nacional das Comunicações.
Outros assuntos também foram abordados na entrevista como a vida e obra de Antônio Conselheiro, líder religioso, a campanha de canudos, a reorganização do regimento militar no Estado por Fileto Pires.


Sobre a obra: A obra descreve a participação de tropa da Polícia Militar do Amazonas em Canudos (1897), com biografia de seu comandante, que ainda foi prefeito de Sena Madureira (AC). A 2ª edição deste livro relembra que há 120 anos, em 5 de outubro de 1897, onde aconteceu um encerramento de um dos episódios mais sangrentos da história nacional, conta-se que entre as forças combatentes cerca de 25 mil pessoas foram mortas e varreu o mapa do império de Belo Monte criação de Antônio Conselheiro.
Sobre o autor: Roberto Mendonça nasceu em Manaus, no bairro de Educandos, nos fundos do Cine Vitória. De origem humilde, foi interno do Seminário São José de Manaus, mas terminou a vida profissional como coronel aposentado da Polícia Militar do Estado. Membro do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas desde 1994, Roberto Mendonça é autor dos livros “L. Ruas: Itinerário de uma Vocação”, “Intérpretes de Aparição do Clown”, “Catando Papéis e Escrevendo Histórias”, “Cândido Mariano & Canudos”, “Os Bombeiros de Manaus”, e “Administração do Coronel Lisboa”.

Com imagens de Ronane Costa e produção de Debora Oliveira, a entrevista completa você confere no Aplicativo AMAZONSAT disponível no Play Store ou App Store do seu celular.
*Com informações da ASCOM-AAL
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