A obra é um testemunho vivo da riqueza e da importância econômica que a cidade desfrutou durante o período da borracha mesmo com os novos padrões, atualmente a arquitetura continua a imergir na cultura e história da região.

O programa Literatura em Foco desta edição promove uma viagem no tempo da arquitetura contemporânea baseada nas edificações memoriais da cidade de Manaus, uma narrativa de seus moradores em relação a afetividade e pertencimento estabelecida nas edificações residenciais, mencionadas pela doutoranda em Antropologia e mestra em Ciências Humanas, Lauriane Texeira de Oliveira, que recentemente lançou no início deste ano a obra intitulada “Casas e Memória – Estudo sobre as edificações residenciais do Centro Histórico de Manaus”, pela Editora Valer.

No decorrer da entrevista, a autora relata uma breve descrição dos capítulos do livro em suas normativas e diretrizes na área de tombamento do patrimônio histórico em suas nomenclaturas denominadas como centro antigo ou centro históricos de Manaus, outros assuntos também foram abordados como as transformações das residências ao longo do tempo e a implantação de novas tendencias, a autora destacou o olhar sobre a geográfica no olhar do micro e do macro em suas dinâmicas, em especifico a negligencia do abandono, descaso e a descaraterização perante a contribuição do látex na arquitetura, época em que o ciclo da borracha no século XIX proporcionou riqueza e financiamento para a construção de grandes obras na capital amazonense.

A igreja da Matriz, Nossa Senhora da Conceição, localizada na Praça Osvaldo Cruz, Centro de Manaus, é considerada também como uma das grandes obras arquitetônicas, construída em 20 anos, entre os anos de 1858 e 1878, por missionários carmelitas, a igreja teve seus sinos importados de Portugal e instalados em 1875. A construção é um grande destaque por conter traços rústicos com predominância de linhas retas, a fachada do prédio está dividida em dois andares. Suas escadarias sugerem o desenho de uma lira.

Para a autora, a arquitetura histórica de Manaus é um testemunho vivo da riqueza e da importância econômica que a cidade desfrutou durante o período da borracha mesmo com os novos padrões, atualmente a arquitetura continua a imergir na cultura e história da região. É fundamental preservar e valorizar esse patrimônio arquitetônico, para as gerações futuras apreciarem e compreenderem a importância da história e da cultura de Manaus.

Durante a entrevista, a autora relata que a obra promove ao leitor um mergulho na memória da cidade de Manaus a partir das vivências e experiências de lugares dialéticos que permeiam o passado, o presente e o futuro, além de ter por finalidade evidenciar a relevância das memórias e das casas na perpetuação da memória, na compreensão da identidade manauara e na conscientização patrimonial. Através da obra o leitor terá o privilégio de conhecer uma parte da história da cidade de Manaus a partir de seus protagonistas, seus moradores.

Sobre a autora: Mestranda do curso de Ciências Humanas, vinculado ao Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade do Estado do Amazonas (PPGICH/UEA) – Área de Concentração: Teoria, História e Crítica das Artes (Bolsista FAPEAM). Graduada em Licenciatura em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas. Pesquisadora no grupo de pesquisa do CNPq. Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Arqueológicas da Bacia Amazônica. NIPAAM. Bolsista do Programa de Apoio à Iniciação Científica (PAIC/FAPEAM/UEA), com ênfase em Geografia Econômica, fatores de emprego e desemprego no Polo Industrial de Manaus. Bolsista do Programa Residência Pedagógica, com experiência de 1 ano e 6 meses.

Com imagens de Ronane Costa e produção de Debora Oliveira, a entrevista completa você confere no Aplicativo AMAZONSAT disponível no Play Store ou App Store do seu celular.

*Com informações da ASCOM-AAL
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