A obra apresenta uma narrativa biográfica e um dossiê documental, um retrato sensível do engenheiro, economista e idealista amazonense cuja atuação ajudou a moldar o pensamento sobre o desenvolvimento sustentável e a industrialização da Amazônia.

Acadêmicos Carmem Novoa, Dom Luiz Soares Vieira, Abrahim Baze e Mazé Mourão.

O lançamento da obra literária “Sócrates Bomfim 1908-1984” em homenagem a um dos empresários mais visionários do Amazonas, promovido por Selma Bomfim Silva e Sócrates Bomfim Neto, filha e neto do homenageado, aconteceu neste último sábado (29), na Livraria Valer reunindo amigos, familiares, amantes da literatura e membros efetivos da Academia Amazonense de Letras, entre eles o vice-presidente Abrahim Baze, Carmem Novoa, Dom Luiz Soares Vieira e Mazé Mourão, além de representantes de instituições culturais e literárias.

A cerimônia de lançamento iniciou com um pequeno vídeo produzido em 2008 com a participação alguns membros efetivos da Academia Amazonense de Letras em depoimentos sobre a vida e o perfil do empresário Sócrates Bomfim, como um homem simples, introspectivo e avesso aos holofotes, um idealista no conhecimento e no projeto de desenvolvimento da Amazônia. Suas contribuições exercidas durante sua trajetória promoveu o surgimento da Companhia Siderúrgica da Amazônia (Siderama) em 1961.

Público presente.

O conteúdo literário escrito por Elcias Moreira e produzido pelo Selo Editorial Temporal apresenta ao leitor duas versões no gênero do jornalismo literário para narrar a trajetória de Sócrates Bomfim, revelando as múltiplas dimensões de sua vida e pensamento. Entre memórias, registros históricos e reflexões, o autor constrói um retrato humano e intelectual do advogado amazonense que, ainda nas décadas de 50 e 60, defendia a necessidade de uma industrialização consciente, baseada no uso racional dos recursos naturais e na inclusão social. Intitulada Dossiê Sócrates Bomfim, a segunda parte apresenta uma compilação de documentos, artigos e referências históricas que dão suporte à narrativa principal e resgatam o contexto político, econômico e social da época.

Para o vice-presidente da Academia Amazonense de Letras, Abrahim Baze, o lançamento da biografia de Sócrates, um icone da industria amazonense, é um momento muito especial, até porque os leitores são carentes de biografias familiares, o Estado do amazonas é muito rico neste sentido. Há grandes familias com mais de 150 anos, no qual a geração mais jovem não conhecem a história. A familia de Socrates por meio deste projeto importantissimo trouxe uma grande contribuição literária para a sociedade amazonense, graças ao investimento da família, em especial Selma Bomfim (filha de Socrates Bomfim), que foi a orientadora.

Elcias Moreira, Coordenadação editorial.

Além de empresário, Sócrates Bomfim tinha uma grande paixão pela literatura, expressada por meio de suas obras literárias, publicou em livros, artigos e ensaios os resultados de seus estudos e pesquisa, desta forma surgiram as seguintes obras; “A Valorização da Amazônia e sua Comissão de Planejamento”, de 1958; “Um Esboço da Vida Amazônica”, de 1960; “Projeto Siderama”, de 1965; e “Proposição de uma Política Mineral para o Estado do Amazonas”, de 1966, entre outros.

Selma Bomfim (filha de Sócrates Bomfim) e Elcias Moreira.

Na Academia Amazonense de Letras, foi membro efetivo ocupando a cadeira de nº 21, cujo patrono foi Tenreiro Aranha e autor da obra “Um Esboço da Vida Amazônica”, da qual tratava-se de uma espécie de relatório baseado em estudo apresentado durante uma conferência realizada no Rio de janeiro nos meses de setembro a novembro de 1951, sob as recomendações do presidente da república Getúlio Vargas.

*Com informações da ASCOM-AAL / Colaboração Jornal do Commercio
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