“Um sonho leva o tempo de uma vida e que um grande projeto econômico não tem prazo de validade, deve ser perene e evolutivo”. Sócrates Bonfim

Sócrates Bonfim foi um grande homem e empresário que sonhou e ousou uma tentativa única e singular de mudar o curso da história do Amazonas, por seu jeito intelectual e bem sucedido, sonhava com uma Amazônia brasileira e um Brasil soberano.
Nas décadas de 60 e 70 esteve à frente das ações pela criação de um projeto que viesse atender aos anseios regionais pela exploração das imensas reservas minerais amazônicas. Sócrates Bomfim já antevia um futuro aonde o Amazonas se tornaria autossuficiente economicamente por meio da exploração e industrialização dos seus recursos minerais.
Nascido no rio Juruá, no dia 30 de maio de 1908, Sócrates Bomfim viveu em um povoado que se formava no seu afluente o rio Eiru, nome adotado para um importante seringal que existia naquela região. Seus pais eram o cearense Francisco Laurentino do Bomfim, que atuava como Juiz de Paz na região; e a mãe Maria Arauz do Bomfim, tinha origem boliviana e foi quem ensinou os filhos a ler e escrever. O casal teve quatro filhos: Lília, Péricles, Aristóteles e Sócrates. Pelo nome dos filhos pode-se deduzir o gosto de Francisco, ou Maria Arauz, pela filosofia.
Sócrates foi enviado para a cidade do pai, Fortaleza, onde concluiu os primeiros anos de sua vida escolar. De volta a Manaus, cursou direito na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, bacharelando-se em 23 de dezembro de 1930, foi professor na própria faculdade lecionando Direito Industrial e Legislação do Trabalho. De 1931 a 1941 foi procurador fiscal do Estado.
A partir da década de 1950 que vai surgir o Sócrates Bomfim idealista, empreendedor e sonhador, empolgado com a idéia de ver os minérios existentes no subsolo amazonense gerando riquezas para o Estado. Bancando pesquisas na região do rio Aripuanã, descobriu jazidas de manganês. Seu objetivo passou a ser, então, explorar essas jazidas.
De acordo com pesquisas feitas por Ruy Alberto da Costa Lins, “o empreendimento de Sócrates Bomfim poderia até ter dado certo se investimentos necessários para o desenvolvimento da siderúrgica não estivessem apoiados principalmente no aporte de incentivos financeiros da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), que não conseguia cumprir o seu próprio cronograma de desembolso, sem falar da inflação em alta no país.
Em 22 de novembro de 1933, ocupou o cargo de secretário geral na Prefeitura de Manaus e de 1933 até 1934, com apenas 25 anos de idade, foi prefeito da capital amazonense, nomeado pelo interventor capitão-tenente Antônio Rogério Coimbra. Fundou a Siderama (Companhia Siderúrgica da Amazônia) em 1961, no objetivo de fabricar e exportar 28 mil toneladas anuais de laminados de aço com matéria-prima extraída de solo amazonense.
Na Academia Amazonense de Letras, foi membro efetivo ocupando a cadeira de nº 21, cujo patrono foi Tenreiro Aranha e autor da obra “Um Esboço da Vida Amazônica”, da qual tratava-se de uma espécie de relatório baseado em estudo apresentado durante uma conferência realizada no Rio de janeiro nos meses de setembro a novembro de 1951, sob as recomendações do presidente da república Getúlio Vargas.
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