Aos 18 anos com o sucesso da obra intitulada “Galvez, o Imperador do Acre” (1976), o escritor e jornalista abraçou a literatura como profissão. Uma de suas influências foi o escritor Machado de Assis.
Márcio Gonçalves Bentes de Souza nasceu na cidade de Manaus, em 4 de março 1946, foi jornalista, dramaturgo, editor, roteirista e romancista brasileiro. Estudou Ciências Sociais na Universidade de São Paulo e escreveu críticas de cinema e artigos em diversos jornais e revistas brasileiras, como Senhor, Status, Folha de S. Paulo e A Crítica.
Márcio lançou seu primeiro livro, “O mostrador de sombras”, aos 18 anos, mas foi somente com o sucesso de “Galvez, o Imperador do Acre” (1976) que ele abraçou a literatura como profissão. Uma de suas influências foi o grande escritor Machado de Assis.
Aos 14 anos, tal incentivo foi determinante para que em a sua adolescência escrevesse críticas nos jornais de Manaus e aos 17 anos mudou-se para São Paulo para estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Na Faculdade, passou a escrever roteiros e trabalhou como assistente de produção e direção em curtas e médias para a Boca do Lixo. Em 1967, aos 21 anos publicou o primeiro livro: “O Mostrador de Sombras”.
Em sua trajetória literária, o escritor e jornalista conheceu diversos países como Nova York, Paris, Londres, Amsterdã, Bogotá e Lima. A experiência de conhecer outros países foi fundamental para o amadurecimento do jovem escritor que teve sua volta ao Brasil em 1973, em seguida passou a dirigir o teatro experimental do SESC.
O escritor ocupou cargos públicos, como a presidência da Fundação Nacional de Artes (Funarte), órgão do governo federal, e do Conselho Municipal de Cultura (Concultura), em Manaus, atualmente estava lotado na Biblioteca Pública do Amazonas.
Em novembro de 2022 no auditório Rio Solimões, do Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), o escritor e jornalista recebeu o título de ‘Doutor Honoris Causa’ em reconhecimento ao trabalho que tem feito em promover a cultura, especialmente a amazonense, em suas obras. Atualmente, Márcio estava lotado na Biblioteca Pública do Amazonas.
Em março deste ano,o escritor exibiu no Teatro Amazonas o documentário “Se Não Me Engano Márcio Souza – Arte & Literatura Amazonense, durante a exibição compartilhou reflexões profundas sobre a civilização amazonense contemporânea e sua cultura. Trazendo desde relatos sobre a trajetória pessoal do escritor até comentários críticos sobre a história da cidade, o filme conduz o público para uma jornada revelando a riqueza e a complexidade da metrópole amazônica.
Na Academia Amazonense de Letras, o Acadêmico ocupava a quarta Cadeira de n.º 25, eleito em 11 de setembro de 2004, na sucessão de Gebes de Mello Medeiros, recebido em 25 de outubro de 2004, pelo acadêmico José Maria Pinto de Figueiredo. Tratava-se da Cadeira originalmente patrocinada por Aluízio Azevedo, da qual foi fundador Raul de Azevedo (1918). Em maio de 2019, durante sua passagem pela Academia Amazonense de Letras, lançou pela Academia sua primeira obra literária intitulada “Teatro Seleto”.
O Acadêmico Márcio Souza tinha 78 anos e sofria de diabetes, na manhã desta segunda-feira sofreu um infarto, chegou a ser atendido no Serviço de Pronto Atendimento do São Raimundo, mas não resistiu.
O governador do Amazonas, Wilson Lima, lamentou a perda do escritor e decretou luto oficial de três dias no estado.
*Com informações da ASCOM-AAL
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